Um terço admite ter pedido comida que não ingeriu apenas para a publicar nas redes

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[Fotografia: iStock]

As redes sociais estão invadidas de imagens de comida, seja a que se faz em casa para mostrar talentos, seja a que se ingere num regresso a um restaurante ou nas férias. Mas a parte surpreendente, chocante mesmo – dir-se-ia –, é o facto de uma em cada três pessoas ter admitido, num estudo, que pediram alimentos que efetivamente não comeram. Só o fizeram, aliás, para os mostrar na internet.

Porém, é também de destacar que quase um terço dos entrevistados (27%) também reconheceu que ver tanta alimentação online os encaminhou para alterações na dieta. Mais de metade, 53%, revelou que se aventurou a fazer uma nova receita depois de a ter visto nas timelines.

Mas não só. A estética também ganhou espaço nas redes sociais, com mais de metade da amostra (57%) a revelar que passou a empratar com outro cuidado e tudo em nome do melhor ângulo para a foto.

Dados que resultam de um estudo que auscultou duas mil pessoas e encomendado por uma empresa alimentar norte-americana de figos, a California Figs. Ora, segundo a mesma investigação, quatro em cada dez inquiridos admitiram enviar imagens de alimentos ou bebidas que eles próprios não consumiram e 19% reconheceu que, numa primeira fase, a ideia nem sequer era comer o alimento.

Entre os alimentos e receitas mais identificados pelos indivíduos da amostra estão as fotografias de pizza (41%), hamburgueres (37%) e cocktails (30%)

Não é surpresa nenhuma que os social media continuem a influenciar os hábitos das pessoas de formas inesperadas e exclusivas, incluindo tendências alimentares. O que achamos esclarecedor foi a importância dos alimentos fotogénicos e como isso impactou o aumento da popularidade no consumo de alimentos como figos “, disse Karla Stockli, CEO do California Fig Advisory Board, no comunicado.