Uma em cada três mulheres morre todos os anos devido a doenças cardiovasculares

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[Fotografia: DS stories/ Pexels]

Os principais inimigos são silenciosos, mas estão identificados: é o colesterol elevado. O estudo Prevalência de Fatores de Risco Cardiovasculares na População Portuguesa, do Instituto Nacional de Saúde (INSA) revela que 68% da população apresenta dois ou mais fatores de risco para doenças cardiovasculares, mas 22% apresenta quatro ou mais. Entre os sintomas de risco mais evidentes estão a “diabetes, colesterol elevado, hipertensão arterial, excesso de peso e obesidade, sedentarismo, tabagismo e consumo excessivo de bebidas alcoólicas”, refere o comunicado enviado às redações.

A mesma nota indica que, “de acordo com a Sociedade Portuguesa de Cardiologia (SPC), uma em cada três mulheres morre devido a doenças cardiovasculares”. “O impacto das doenças cardiovasculares nas mulheres não tem sido devidamente valorizado. As doenças cardiovasculares matam mais mulheres do que homens e, em conjunto, são mais fatais do que todas as causas de cancro combinadas. Este é um problema grave”, afirma a vice-presidente da entidade. A professora Ana Teresa Timóteo vinca ser necessário “sensibilizar as mulheres portuguesas para esta realidade, reforçar a importância da prevenção através da adoção de um estilo de vida saudável ou, se necessário, de um diagnóstico precoce e de um tratamento adequado”.

A vice-presidente insiste na “importância de as mulheres serem mais proativas na proteção da sua saúde cardiovascular, com uma especial atenção ao colesterol, realizando análises periodicamente, e adotando hábitos e estilos de vida saudáveis. Nunca é tarde para começar a prevenir. Mas, um dia, pode ser tarde de mais para quem não se importa ou acredita que só acontece às outras pessoas.”

O estudo Os Portugueses e o Colesterol, da autoria da fundação Portuguesa da Cardiologia, indica que “mais de metade da população portuguesa (58%) desconhece os seus níveis de colesterol. Este valor é mais expressivo nos jovens entre os 15 e os 24 anos – 90% –, e vai descendo com o avanço da idade até aos 48% na faixa etária dos 65 e mais anos”, refere o comunicado enviado pela entidade aos meios de comunicação social.