Uma em cada três mulheres sofre de infeção vaginal, tratar os homens diminui reincidência

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[Fotografia: Freepik]

Ter uma infeção vaginal e tratá-la ao mesmo tempo que o companheiro pode e deve ser solução a aplicar perante a doença. Estudo publicado no New England Journal of Medicine, no início deste mês, vem indicar que quando as mulheres, em contexto de monogamia, desenvolvem vaginose bacteriana e são as únicas sujeitas a tratamento, a doença reincide na maior parte dos casos. Um racio que cai abruptamente se, a par delas, os companheiros forem também tratados para esta infeção.

Olhando ao detalhe para a investigação (que pode consultar aqui no original), as mulheres com vaginose tomaram antibiótico oral ou um creme ou gel antibiótico intravaginal para debelarem a infeção. Contudo, aquelas que foram tratadas exclusivamente, sem contar com o tratamento do companheiro, viram a doença regressar em 63% dos casos. no grupo de estudo em que os parceiros fizeram medicação – antibiótico oral e creme antibiótico na pele do pénis -. o retorno da infeção nas mulheres foi reduzido para quase metade, tendo sido registado em 35% da amostra.

Recorde-se que a vaginose bacteriana, que acontece por via de um desequilíbrio da microbiota da flora, é uma infeção vaginal que atinge quase 1/3 (30%) das mulheres em idade reprodutiva e um pouco por todo o mundo.

Entre os sintomas mais comuns desta infeção estão o corrimento, odor e alguma irritação. Porém, importa vincar que a doença pode ser também, em muitos casos, assintomática, o que também sucede nos homens, dificultando o diagnóstico ou mesmo a urgência de tratamento por parte do sexo masculino.

A presença de vaginose bacteriana aumenta o risco de transmissão de doenças sexualmente transmissíveis e pode fazer aumentar riscos de doença pélvica e parto prematuro.

De acordo com os especialistas, as bactérias que podem provocar esta infeção podem existir e resistir na pele do pénis e da uretra. Estudos anteriores também indicam que as mulheres com um parceiro sexual regular tinham duas vezes mais probabilidade de sofrer uma reincidência, que passa a ser considerada regular se tiver acontecido três vezes num ano.