Uma em cada três pessoas já enviou um ‘nude’. E também se enganou, diz estudo

pexels-blue-bird-7242888
[Fotografia: Blue Bird/Pexels]

Reconhecer que há envio de ‘nudes’ e de ‘sexting’ (texto de cariz sexual) não é comum. De entre as poucas pessoas que admitem, no âmbito de um inquérito, ter esta prática nas plataformas de conversação online, ainda menos são as que admitem ter enviado conteúdo privado para o destinatário errado.

Segundo o estudo promovido por um sotfware da Avast que encripta fotos e que auscultou dois mil indivíduos norte-americanos de ambos géneros e de várias faixas etárias, apenas um terço assumiu ter enviado uma foto íntima a alguém e, feitas as contas, um americano médio já terá enviado conteúdos íntimos por engano seis vezes. Quase metade (43%) considerou que o tema era tabu.

Porém, ainda antes das razões que levam as pessoas a mergulhar no sexting, este inquérito refere que quatro em cada cinco entrevistados receiam que as fotos íntimas caiam nas mãos erradas. Mais: quase sete em cada dez (69%) temem que o conteúdo possa ser posteriormente usado contra si. E ainda na escalada de preocupações, oito em cada dez (79%) dizem pensar no risco que existe de os recetores terem as imagens gravadas nos seus dispositivos.

A análise concluiu que a maioria dos entrevistados tem preferência por sexting através de plataformas de conversação agregadas a redes sociais e a mensagens de texto, com 54% dos entrevistados a referir cada uma das modalidades. O mesmo inquérito indica que metade do grupo que assumiu envio de conteúdo íntimo afirma que o faz, pelo menos, uma vez por semana (52%).

Menos de um terço (29%) envia uma vez por mês ou mais. Entre as razões mais elencadas para a prática do sexting, a manutenção de relações à distância (46%) surge no topo da lista. Segue-se-lhe o envio a pedido de um parceiro (45%), a sensação de se sentir atraente (44%). Só 42% referiu que o fez por absoluta vontade.

O estudo refere que um terço dos entrevistados (32%) não sabe como enviar uma foto íntima com segurança (32%).

Os números são altos e não vale a pena escapar à questão da privacidade: Três quartos dos inquiridos (73%) revelaram que as fotos anteriormente enviadas foram partilhadas posteriormente e sem autorização. Cerca de metade reagiu (43%) com ação judicial e pouco mais de um terço (34%) confrontou quem fez a atitude.