Uma família à volta do mundo

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Somos uma família de três a dar a volta ao mundo. Depois de sete anos a viver e viajar em África surgiu a dúvida: e agora? Foi então que decidimos começar uma nova aventura! Durante os próximos meses vamos andar a viajar. Começamos pela Ásia, com passagem pelo Japão, Birmânia e Singapura, depois Austrália, Nova Zelândia, Fiji, atravessaremos o Pacífico até à Costa Leste dos Estados Unidos, descendo depois para a América do Sul, rumo ao Perú e à Bolívia e quem sabe por onde mais…
Esta aventura começa porque sempre gostámos de viajar e quando a nossa filha nasceu, em 2012, o nosso ritmo viajante até abrandou. Mas ao contrário daquilo que os amigos mais pessimistas haviam preconizado – “Aproveitem para viajar agora porque quando tiverem filhos acaba-se tudo!” – não parámos de viajar. Nos três anos de vida da Mia, a nossa miúda “made in Africa” e, talvez por isso todo-o-terreno, continuámos a percorrer as magníficas províncias de Angola, onde vivemos, fizemos férias com ela às costas (literalmente) pelos Balcãs e também fomos numa incursão pela Escandinávia.
Se antes dela nascer viajar fazia parte da nossa rotina, era suposto mudarmos o nosso estilo de vida? Viajamos de forma um pouco diferente, é certo, mas continuamos a fazer o que mais gostamos. E agora ainda em muito melhor companhia.

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Esta volta ao mundo em família cumpre o sonho antigo de viajar durante vários meses seguidos. E é também uma tentativa de cristalizar no (nosso) tempo a infância da nossa filha, de três anos e meio. Quem tem filhos sabe bem como tudo passa tão rápido entre a escola, os banhos, os jantares e as birras que tecem a rotina dos dias. Queremos criar memórias, viver emoções, partilhar momentos, traduzir tudo isto em textos, em fotos, em vídeos, e guardar num lugar – físico e emocional – que seja possível visitar um dia. Nos próximos meses vamos poder ver cada acordar, cada reacção, cada aprendizagem, fazer parte disso. Birras, as nossas e as dela, incluídas…

Vivê-la demoradamente, observar a curiosidade a atiçar-se com cada nova descoberta, o traço a aprimorar-se em cada desenho na folha do caderno. E continuar a aprender a lidar com as dificuldades, com as diferenças culturais, gastronómicas, sociais, linguísticas, e todas essas coisas que os crescidos inventam para complicar o que é simples.

Queremos também partilhar as nossas experiências, contar as nossas histórias, mostrar o mundo que vamos vendo, ajudar quem sonha talvez um dia fazer o mesmo, ouvir quem já o fez. Criar uma comunidade, enfim. Por aqui, neste espaço do delas.pt, vamos mostrar vídeos das nossas andanças pelo mundo e começamos por Tóquio, onde aterrámos depois de um voo de 12 horas.

Tóquio, a primeira paragem

Ao mesmo tempo que tentávamos superar a diferença horária começámos a percorrer esta grande cidade onde na zona metropolitana vivem mais de 37 milhões de pessoas. Entrámos no metro em hora de ponta, passámos pelo mítico cruzamento de Shibuya, um dos mais movimentados do mundo, onde a cada mudança de sinal atravessam a rua cerca de mil pessoas em seis direções diferentes! Assistimos fascinados a estas coreografias urbanas em que a multidão cruza-se vinda de vários lados com uma agilidade e elegância impressionantes.

Percorremos as zonas de Harajuku, onde se reúne a comunidade jovem e de Akihabara, a zona frenética dos jogos e da eletrónica. Ficámos seduzidos com a estética japonesa reflectida nos maravilhosos parques e jardins de Tóquio, esculpidos com o esmero e a arte deste povo perfeccionista.

Sem esquecer as experiências gastronómicas. Para quem nos dizia que seria difícil alimentar uma criança de três anos no Japão, a Mia tornou-se fã do ramen, um caldo de massa com carne, vegetais, cogumelos ou ovo, e das okonomiyaki, uma espécie de omeletas recheadas com carne, marisco ou vegetais.

No final apanhámos o comboio ultra-rápido e seguimos caminho para o próximo destino, a cidade dos templos e das gueichas…a bela Quioto! Sigam a nossa aventura por aqui ou façam check in no nosso blogue Hotel Globo.