Cerca de 9% da população portuguesa já foi forçada ou ameaçada por outra pessoa a fazer algo sexual que não queria, sendo que 1,8% foi coagida a ter relações na sua primeira experiência sexual com outra pessoa.
Estes são alguns dos resultados de um questionário sobre saúde e práticas sexuais, revelado esta sexta-feira, 27 de setembro, e que conclui, entre outras matérias, que metade dos portugueses se sente “insatisfeita com a sua vida” no que ao sexo diz respeito e que 37,7% dos inquiridos LGBT+ já foram discriminados pela orientação sexual.
“Perceber que 50% da amostra se sente insatisfeita com a vida sexual é surpreendente e é preciso pensar na razão pela qual isso acontece, até porque muita dessa insatisfação está ligada a sofrimento e não a problemas sexuais”, referiu o docente e responsável pela aplicação do Questionário de Avaliação das Práticas e Experiências de Saúde Sexual (SHAPE), criado pela Organização Mundial de Saúde em 2023, Pedro Nobre.
Voltando ao risco de vitimação e de não consentimento, o estudo – que pode ler ao detalhe aqui – indica que as mulheres “são três vezes mais vitimizadas do que os homens, ao passo que as pessoas LGBT+ são seis vezes mais vitimizadas do que a população hétero-cisgénero”.