Universidade do Uganda obrigada a reverter obrigação de alunas fazerem testes de gravidez

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[Fotografia: Pexels/Tima Miroshnichenko]

Uma universidade privada em Kampala, a capital do Uganda, foi forçada a reverter a exigência de apresentação de um teste de gravidez negativo para as alunas de medicina poderem fazer exames de fim de ano.

A universidade privada exigia que as enfermeiras e estudantes de obstetrícia fizessem um teste de gravidez no valor de 5 mil xelins ugandeses, o equivalente a cerca de 1,30 euros, para poderem fazer o teste, segundo um documento interno citado pela agência France-Presse.

“Se não o fizerem, não poderão passar nos exames de fim de ano”, dizia o texto citado pela agência noticiosa. A controvérsia chegou ao Parlamento local, com as deputadas a considerarem que a diretiva era “muito infeliz” e que mesmo as estudantes mais jovens, ainda que grávidas, tinham todo o direito de fazer o teste.

“Isto é um completo disparate, discriminatório e inaceitável”, disse a ativista dos direitos da mulher Catherine Kyobutungi na rede social Twitter.

Frank Kaharuza Mugisha, mas não foi avançada uma explicação para a emissão inicial da diretiva.

“Concentrem-se na preparação para os vossos exames, desejo-vos tudo de bom para os próximos exames”, escreveu Mugisha numa nota interna.

A Universidade Internacional de Kampala é uma instituição sem fins lucrativos criada em 2001 e tem mais de 12.000 estudantes de toda a África com instalações no Uganda, Tanzânia e Quénia, de acordo com o seu ‘website’.