
A margem foi curta, mas suficiente para dar luz verde a Ursula Von de Leyen, 60 anos, como presidente da Comissão Europeia. Com 383 votos a favor, 327 contra e 22 abstenções, a ministra da Defesa da chanceler alemã Angela Merkel ganhou esta terça-feira, 16 de julho, em Estrasburgo, o passaporte necessário e torna-se a primeira mulher a ocupar este cargo.
Uma eleição para uma Europa cada vez mais dividida e num Parlamento que exige agora mais entendimento entre todas as famílias políticas, como ficou provado nas longas negociações para a indicação de um nome.
Uma das suas medidas já divulgadas passa pela paridade no órgão que agora vai presidir. “Quero uma Comissão com metade de comissários homens e metade mulheres”, disse Von der Leyen durante uma reunião, em Bruxelas, com o grupo parlamentar liberal do Renovar Europa (ex-ALDE), o terceiro maior da assembleia,
A atual Comissão Europeia liderada por Jean-Claude Juncker tem 19 comissários contra apenas nove comissárias, e, em 2014, por ocasião da formação do seu colégio, o presidente do executivo comunitário, que já na altura também pretendia ter 14 comissárias, teve mesmo de interceder junto das capitais para apresentarem candidatas do sexo feminino.
Imagem de destaque: Reuters
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