Vacina AstraZeneca não aconselhada a quem tem mais de 65 anos, diz DGS

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[Fotografia: Gustavo Fring/Pexels]

Direção-Geral da Saúde (DGS) emitiu norma na qual recomenda que a administração da vacina contra a covid-19 da AstraZeneca não seja feita a pessoas com mais de 65 anos. Uma recomendação que se mantém em vigor até obtenção de novos dados. Porém, o mesmo documento vinca que “em nenhuma situação deve a vacinação de uma pessoa com 65 ou mais anos de idade ser atrasada” se só estiver disponível esta vacina.

A DGS recorda que a vacina da AstraZeneca está aprovada para prevenção da covid-19, causada pelo vírus SARS-CoV-2, em pessoas com idade igual ou superior a 18 anos e diz também que “em nenhuma situação deve a vacinação de uma pessoa com 65 ou menos anos de idade ser atrasada se só estiver disponível uma vacina de mRNA”.

Nas vacinas mRNA é introduzido no corpo um mensageiro de ácido ribonucleico (mRNA na sigla em inglês), que contém informação genética sobre o vírus e engana o corpo para que seja ele próprio a produzir a proteína do agressor.

Na norma divulgada esta segunda-feira, 8 de fevereiro, a DGS informa que o esquema vacinal recomendado para esta vacina da Astrazeneca é de duas doses com intervalo de 12 semanas e lembra que, se após a 1.ª dose for confirmada infeção por SARS-CoV-2, “não deve ser administrada a 2.ª dose”.

Se foi administrada a 1.ª dose a uma pessoa que tenha estado infetada por SARS-CoV2, não deve ser administrada a 2.ª dose, diz ainda a DGS, que recomenda que, se houver atraso em relação à data marcada para a 2.ª dose, ou, por qualquer motivo, não puder ser administrada a 2.ª dose, “a mesma será administrada logo que possível”.

“O esquema vacinal deve ser completado com uma dose de vacina da mesma marca”, acrescenta.

Sobre a gravidez e amamentação, a DGS considera que “não existem dados sobre a administração desta vacina durante a gravidez” e que estudos feitos em animais “não indicaram efeitos negativos no feto ou na grávida”.

Se os benefícios esperados ultrapassarem os potenciais riscos para a mulher, a vacina poderá ser considerada, por prescrição do médico assistente. Não é necessário evitar a gravidez após a vacinação”, considera.

A DGS lembra ainda que se desconhece-se se a vacina é excretada no leite humano, no entanto, “por ser uma vacina de um vetor viral geneticamente modificado sem capacidade replicativa, não é expectável a existência de efeitos adversos na criança amamentada, à semelhança das vacinas inativadas” e sublinha que as mulheres que estejam a amamentar e sejam pertencentes a grupos de risco “podem ser vacinadas” e que “não se recomenda parar a amamentação após a vacinação”.

Na norma, a autoridade nacional de saúde recorda que “as pessoas com sintomas sugestivos de covid-19 não devem dirigir-se à vacinação sem que seja excluída a infeção por SARS CoV-2” e que as que estiverem em isolamento profilático “devem adiar a vacinação para quando este terminar”.

“Se, entretanto, desenvolverem sintomas e for confirmada a infeção por SARS CoV-2, não serão priorizadas para a 1.ª dose da vacina e não será administrada a 2.ª dose se já tiverem recebido a 1.ª dose”, esclarece.

A DGS refere que não está estudada a interação da vacina da AstraZeneca com outras, mas, uma vez que se trata de uma nova vacina e “para permitir a valorização de eventuais efeitos adversos, a administração desta vacina deve, sempre que possível, respeitar um intervalo de duas semanas em relação à administração de outras vacinas”.

Contudo, “se tal implicar um risco de não vacinação, a mesma não deve ser adiada”, recomenda.

A DGS refere que os ensaios clínicos da vacina da AstraZeneca incluíram pessoas com comorbilidades como obesidade (IMC =30.0 kg/m2), doença cardiovascular, doença respiratória e diabetes e que a eficácia “foi semelhante nos participantes com e sem uma ou mais destas comorbilidades”.

“Esta vacina é constituída por um vetor viral (adenovírus) geneticamente modificado, sem capacidade replicativa, não havendo por isso contraindicação à sua administração em pessoas com imunodeficiência, à semelhança das vacinas inativadas”, acrescenta.

Se os benefícios esperados ultrapassarem os potenciais riscos para a mulher, a vacina poderá ser considerada, por prescrição do médico assistente. Não é necessário evitar a gravidez após a vacinação”, considera.

A DGS lembra ainda que se desconhece-se se a vacina é excretada no leite humano, no entanto, “por ser uma vacina de um vetor viral geneticamente modificado sem capacidade replicativa, não é expectável a existência de efeitos adversos na criança amamentada, à semelhança das vacinas inativadas” e sublinha que as mulheres que estejam a amamentar e sejam pertencentes a grupos de risco “podem ser vacinadas” e que “não se recomenda parar a amamentação após a vacinação”.

Na norma, a autoridade nacional de saúde recorda que “as pessoas com sintomas sugestivos de covid-19 não devem dirigir-se à vacinação sem que seja excluída a infeção por SARS CoV-2” e que as que estiverem em isolamento profilático “devem adiar a vacinação para quando este terminar”.

“Se, entretanto, desenvolverem sintomas e for confirmada a infeção por SARS CoV-2, não serão priorizadas para a 1.ª dose da vacina e não será administrada a 2.ª dose se já tiverem recebido a 1.ª dose”, esclarece.

CB com Lusa