Vacina contra a clamídia passa nos primeiros testes de segurança

vacinas

São apenas os primeiros testes de segurança, mas o avanço a nível científico é significativo. Uma das mais comuns doenças sexualmente transmissíveis, a clamídia, pode estar a um passo de ter uma vacina que previna e proteja as pessoas do seu aparecimento. A notícia foi divulgada esta terça-feira, 13 de agosto, pela publicação científica The Lancet, e citada pela BBC.

Esta é a primeira vacina dentro deste ramo de doenças que realizou com sucesso a primeira fase de testes a seres humanos. Segundo os investigadores, a imunização pode ser a chave para combater esta doença que, no Reino Unido, representa metade de todas as doenças sexualmente transmissíveis detetadas.

Os testes feitos ainda não são suficientes para que seja lançada no mercado, porque ainda falta verificar qual a sua real eficácia nos portadores da doença, bem como a dose indicada para cada caso. O resultado final pode demorar anos até estar disponível ao público, por isso, a melhor forma de evitar esta doença – assim como outras transmitidas por via sexual – continua a ser o uso do preservativo.

Mas afinal, o que é a clamídia?

A clamídia é uma bactéria infecciosa que se transmite através do sexo não protegido – mesmo que não exista penetração. A bactéria está presente tanto no sémen como nos fluidos vaginais e, por norma, as pessoas infetadas não sentem sintomas específicos, daí que seja chamada de ‘doença silenciosa’, tal como explica

Esta doença, se não for tratada através de antibióticos, pode causar sérias complicações a quem é afetado, tal como problemas de fertilidade. Aconselha-se a que pessoas com menos de 25 anos, e que sejam sexualmente ativas, façam testes de ano a ano.

O investigador Robin Shattock, citado no artigo, afirmou que: “Os resultados [das vacinas] são encorajadores, pois mostram que a vacina é segura e produz o tipo de resposta imunológica que nos poderia proteger contra a clamídia”, explicou. O próximo passo é realizar novos testes para garantir a sua eficácia.

Espera-se que estes testes sejam realizados entre o ano de 2020 e 2021.

Infeções sexualmente transmissíveis estão a aumentar em Portugal

DGS sugere que se estude comparticipação de vacinas da meningite B e rotavírus