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Variante sul-africana da covid-19 detectada em Portugal. Há 13 casos e não só em futebolistas

[Fotografia: EPA]

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O Departamento de Doenças Infeciosas, do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA) analisou no domingo, 28 de novembro, um lote de 13 amostras positivas associadas a casos de infeção de jogadores do Belenenses SAD, dado que um dos casos positivos terá tido uma viagem recente à África do Sul.

A informação foi veiculada esta segunda-feira de manhã, 29 de novembro, por comunicado enviado às redações. Recorde-se que as mutações vírus foram detetadas no início deste mês no Botsuana e em África do Sul.

Também esta manhã de segunda, em declarações à TSF, a diretora-geral da Saúde, Graça Freitas, esclareceu hoje que os 13 casos confirmados da Ómicron em Portugal não são exclusivamente em jogadores da Belenenses SAD, adiantando que também há casos no ‘staff’.

Graça Freitas adiantou que, “tratando-se de uma nova variante”, vão avançar com “uma identificação mais alargada dos contactos e proceder ao seu isolamento”. Segundo a diretora-geral da Saúde, essas pessoas vão ser submetidas a um plano de testagem muito rigoroso, com o objetivo de quebrar cadeias de transmissão. “Tratando-se de uma nova variante, temos de apertar a malha”, sublinhou.

Questionada sobre o plano que está a ser feito para conter a propagação desta nova variante, explicou que autoridades de saúde fazem a vigilância epidemiológica, o isolamento dos contactos e a testagem desses contactos.

De acordo com a nota enviada à comunicação social, o INSA explica que “analisou ainda amostras provenientes de 218 passageiros de um voo com origem em Maputo que aterrou, dia 27 de novembro, no aeroporto de Lisboa”. “Os ensaios preliminares efetuados no INSA sugerem, fortemente, que todos os 13 casos associados aos jogadores da Belenenses SAD estejam relacionados com a variante de preocupação Ómicron”, acrescenta.

A entidade refere que, “por forma a garantir a quebra de cadeias de transmissão e seguindo o princípio da precaução em Saúde Pública, enquanto se aguardam mais informações relativamente à transmissão, impacto e efetividade vacinal contra a variante Ómicron, as Autoridades de Saúde determinaram o isolamento profilático dos contactos dos casos de infeção associados a este surto, independentemente do estado vacinal e do nível de exposição”.

Os contactos permanecem isolados e serão submetidos a testagem regular, o mais precocemente possível, ao 5.º e ao 10.º dia. No que diz respeito ao voo oriundo de Maputo, apenas se detetaram dois positivos, estando um deles associado à variante Delta e não permitindo o outro a correta identificação. O INSA iniciou, desde já, a sequenciação do genoma para confirmação final destes casos, no entanto, o valor preditivo dos ensaios já realizados é muito elevado.