Veja se a escola do seu filho está na lista das que vão mudar os currículos

A Direção-Geral de Educação já publicou a lista das escolas públicas e privadas que vão introduzir alterações nos planos curriculares, integrando um projeto-piloto de flexibilização. O Ministério da Educação libertou essa lista na noite desta quinta-feira, 10 de agosto.


Verifique neste link se a escola do seu filho integra o projeto.


Ao todo, e por todo o território nacional, são 171 escolas públicas – representando cerca de 21% o total da rede de ensino – e 61 escolas privadas.

Olhando ao detalhe, a região de Lisboa e Vale do Tejo lidera a contagem com mais de 80 unidades de ensino aderentes ao projeto. Segue-se-lhe toda a zona Norte, com 67 escolas, e o centro do país, com quatro dezenas de escolas a aplicar os novos planos de flexibilização curricular.

Alentejo e Algarve contam com 12 e 11 instituições, respetivamente. Na Madeira há uma dezena de aderentes e nos Açores são sete as escolas que vão integrar este projeto-piloto,

Há ainda quatro escolas particulares no estrangeiro que vão também aderir a este projeto-piloto. Estas são a Escola Portuguesa de Cabo Verde e de Língua Portuguesa, a de Moçambique, a de S. Tomé e Príncipe – Centro de Ensino e da Lingua portuguesa e a Escola Portuguesa Ruy Cinatti – Centro de Ensino e Língua Portuguesa

É importante vincar que, para este ano, só os primeiros anos letivos de cada ciclo, ou seja, o 1º, o 5º, o 7º e o 10º ano vão estar abrangidos por esta opção. Mas atenção: apenas nas escolas que aderem e para algumas turmas.

O que muda?

A partir deste ano, as escolas que puserem em marcha a flexibilização vão ter de integrar nos currículos duas novas disciplinas: a Cidadania e a de Desenvolvimento e Tecnologias de Informação e Comunicação.

Ao mesmo tempo, as instituições de ensino que aderirem à flexibilização dos currículos, um modelo aprovado por decreto em julho último, têm margem para mudar a forma de ensinar em 1/4 do tempo, ou seja em 25% do horário curricular.

Assim, as escolas passam a ter opção de usar aquela percentagem de tempo para modelos de alternância entre semanas de aulas regulares e tempos para mobilizar todas as turmas para atividades coletivas.

Neste modelo, é possível convocar, durante alguns dias, toda a comunidade escolar para trabalhar, por junto, num tema social, organizacional, de cidadania ou outro que a instituição considere importante.

No caso do 10º ano, recorda ainda aquele jornal, as disciplinas podem passar a ser semestrais – deixando de ser anuais e replicando o que acontece nas universidades – e os alunos podem escolher trocar uma disciplina da sua área de ensino por outra.


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Flexibilização é para ser alargada a outros anos letivos

E agora, uma especial chamada de atenção para os pais cujos filhos não frequentam aqueles primeiros anos de cada ciclo (ou seja, os que vão estar sujeitos à experiência): Se o seu filho frequenta outros períodos letivos que não os contemplados, os progenitores não podem deixar escapar nenhum detalhe deste projeto-piloto porque o objetivo é alargar a experiência a toda a escolaridade obrigatória a breve trecho.

Imagem de destaque: Shutterstock