Vem aí o primeiro rastreio do colo do útero feito em casa

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A Administração Regional de Saúde do Centro (ARSC) anunciou esta terça-feira, 23 de outubro, o lançamento de um projeto de rastreio do cancro do colo do útero em casa dirigido a 800 mulheres, que não efetuam rastreio há quatro ou mais anos. Dirigido a 800 mulheres, escolhidas aleatoriamente, é importante vincar que a adesão é livre, bem como o abandono do estudo em qualquer fase, adianta a entidade.

Aquele organismo refere que “está a realizar um estudo que visa aumentar a participação no rastreio do cancro do colo do útero na região Centro, disponibilizando um método de auto-colheita“, lê-se no comunicado enviado à agência Lusa.

“Este estudo, que teve início em outubro, em colaboração com a Infogene, pretende avaliar o nível de aceitação de um método alternativo, baseado na auto-colheita em casa, por parte das mulheres que, por alguma razão, não participam regularmente no programa de Rastreio do Cancro do Colo do Útero na região Centro”.

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Caso aceitem participar no estudo Rastreio do Cancro do Colo do Útero em casa, as mulheres recebem em casa um estojo para a auto-colheita de fluido cervicovaginal, que é depois enviado para colheita em envelope pré-pago. Em laboratório, é realizado o estudo da amostra para eventual deteção de papilomavírus humano (HPV) de alto risco.

Os resultados são transmitidos no prazo de um mês e, “se a análise demonstrar positividade para um HPV de alto risco, será proposta a avaliação médica, por um ginecologista, numa unidade de saúde do SNS com idoneidade reconhecida pela ARSC e totalmente livre de encargos”.

“O método de auto-colheita proposto no projeto de investigação não tem qualquer risco físico para a mulher, sendo semelhante à colocação de um tampão“, garante.

Segundo a ARSC, no caso de um resultado negativo para a presença de HPV de alto risco, a possibilidade de vir a desenvolver um cancro do colo do útero, num período de cinco anos, é muito reduzida.

“Se o resultado foi positivo, pode constituir o primeiro passo para a identificação de potenciais alterações celulares e levar a uma intervenção mais atempada na prevenção do cancro do colo do útero”, salienta o comunicado.

CB com Lusa

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