Venda de antidepressivos aumenta em 2017

O número de psicofármacos vendidos no ano passado, em 2017, volta a subir, com especial destaque para o aumento de antidepressivos e de antipsicóticos. As estatísticas são da Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde, o Infarmed.

Mas vamos aos detalhes. Se em 2016, foram comercializados perto de 8 milhões de embalagens (7.929.673) de antidepressivos, no ano passado esse valor aumentou mais de 300 mil, ficando perto dos oito milhões e 356 caixas.

Segundo os dados avançados pelo jornal Público, também os antipsicóticos registaram um aumento considerável na ordem dos 200 mil em apenas um ano. Dos três milhões e 368 mil para três milhões e 575 mil embalagens consumidas em Portugal.

A maior fatia é mesmo a dos ansiolíticos, sedativos e hipnóticos, tendo sido vendidas dez milhões e 622 caixas, mais 7 mil em 2017 do que em 2016. Um aumento que tem lugar dois anos após terem descido. Na galeria acima, recorde as dez mulheres célebres que venceram a depressão.

Segundo o Relatório do Programa Nacional para a Saúde Mental 2017, citado pela agência Lusa, o registo de utentes com perturbações mentais nos cuidados de saúde primários tem vindo a aumentar desde 2011, no que diz respeito às perturbações de ansiedade, às perturbações depressivas e às demências, sendo que o maior registo de doentes se encontra nas regiões do Centro e do Alentejo.

“Se por um lado estes resultados podem significar um aumento de acessibilidade aos cuidados de saúde primários, por outro podem significar que os profissionais dos Cuidados de Saúde Primários estão mais sensibilizados para o seu diagnóstico”, lê-se no documento.

O mesmo relatório define metas paté 2020 e que passam por “aumentar em 25% o registo das perturbações men­tais nos Centros de Saúde“, “estabilizar a prescrição de medicamentos para o tra­tamento de ansiedade na população”, “apoiar a criação de 1.500 lugares para adultos e 500 para crianças/adolescentes em Cuidados Continua­dos Integrados de Saúde Mental” e “realizar mais 30% de ações de promoção da saúde mental e de prevenção das doenças mentais”.

CB

Imagem de destaque: DR

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