Estavam recolhidos nas lojas da especialidade, mas a pandemia aumentou a procura online e, desde aí, a venda de brinquedos sexuais tem vindo a ser alargada em novos espaços comerciais, entre eles no segmento de lojas dedicadas a beleza, make up e perfumaria.
De acordo com dados disponibilizados pela farmácia online Atida/Mifarma ao Delas.pt e a propósito do Dia dos Namorados, que se assinala a 14 de fevereiro, aqueles indicam um aumento de 18 vezes mais de venda de brinquedos sexuais face a 2019, período pré-pandémico.
Fonte oficial da plataforma especifica que, em 2019, foram comercializados 333 sex toys, o que compara com 5940 unidades em 2021. Estabelecendo a ponte com 2020, o número duplicou: os quase seis mil vendidos no ano passado comparam com 2863 comercializados no ano anterior.
Ainda segundo a mesma fonte oficial, a venda de lubrificantes, géis e preservativos também subiu e para quase seis vezes mais em iguais períodos. Em 2019 foram comercializados 2129 produtos sexuais, no ano seguinte subiu para 7737 e em 2021 disparou para os 12 694 unidades.
Neste estudo em que a plataforma analisou os hábitos e tendências de consumo de produtos sexuais em Portugal em 2021, “as mulheres são quem mais compra – mais de 70% das compras nesta área são feitas por elas. Para além disso, também são as mulheres quem mais compra produtos sexuais para utilizar em casal”.
Da mesma análise ressalta que “Em 2020, quando foi colocado à venda o primeiro Satisfyer, foram vendidos mais 500 unidades. Em 2021, vendemos cerca de mil, ou seja, o dobro – isto tem em conta todos os modelos da marca”, refere o mesmo esclarecimento enviado por escrito ao Delas.pt. “O ovo vibratório também foi um dos produtos mais vendidos. Em 2020, foram vendidos 300 e em 2021, mais de 800”, acrescenta fonte oficial.
Por outro lado, “a venda de masturbadores masculinos não foi superior a 150, e em 2021 foram vendidos mais de 400. Apesar de a maioria das compras ser feitas por mulheres, este é um aspeto a ter em conta”, salvaguarda a marca.
“A pandemia foi apenas o arranque desta tendência em relação aos brinquedos sexuais e à saúde sexual, que neste momento se estabelece com muito mais naturalidade na vida íntima de casais e solteiros”, refere Reme Navarro, farmacêutica e Business Strategy Director da Atida para o Sul da Europa, citada em comunicado.
A mesma responsável vinca que “os consumidores estão cada vez mais educados em termos de saúde sexual e, apesar dos preconceitos e barreiras psicológicas, o interesse continua a crescer. Parece ser cada vez mais óbvio para todos que a vida sexual é melhor se utilizarmos este tipo de produtos.”