Plataforma de roupa em segunda mão bane peças de ‘fast fashion’

Vestiaire Collective
[Fotografia: Captura de ecrã/Vestiaire Collective]

A informação chega em comunicado e logo em destaque no site. O gigante de compra e venda de roupa em segunda mão, a Vestiaire Collective, acaba de anunciar, a poucos dias da Black Friday, que não vai disponibilizar roupa e acessórios em segunda mão que venham de lojas de roupa de cadeias internacionais de mass market.

A decisão, de acordo com a posição agora revelada, prende-se com três razões: rejeitar a fast fashion, evitar o desperdício e poluição e fazer lobby pela mudança.

Nos últimos 15 anos, a produção global de roupas duplicou. Compramos agora mais itens de menor qualidade do que antes, mas usamo-los 40% menos”, elenca o comunicado publicado no site. Nesse sentido, a companhia start up de venda de peças em segunda mão, sediada em Paris, diz “não querer fazer parte de um sistema datado e explorador”, considerando que esta posição irá “mudar a indústria da moda para melhor”.

Num segundo ponto, a entidade invoca o desperdício e revela números para justificar a decisão. “Três em cada cinco itens de fast fashion acabam em aterros sanitários. Mais de 15 milhões de itens de moda chegam ao mercado Kantamanto, no Gana, todas as semanas, 40% desses saem do mercado como lixo, causando devastação ambiental”.

Por fim, a Vestiaire Collective fala na mudança de atitude. “Fazer lobby, junto da fundação The Or, por uma legislação em torno da Responsabilidade do Produtor ao nível governamental e encontrar soluções práticas para as peças de fast fashion que já existem produzidas, incluindo estratégias de reciclagem, upcycling e doação. A meta é estar 100% livre de fast fashion até a Better Friday 2024”, conclui.

Fundada em 2009, a start up conta com nove milhões de membros – pouco menos que toda a população nacional – e opera em 90 países. No site, disponibiliza mais de um milhão de itens, entre peças de roupa, acessórios e calçado.