Violência doméstica. Empresas devem promover “políticas” de prevenção e apoio a vítimas

Inauguração CLAIM Pombal
Isabel Almeida Rodrigues. [Fotografia: Nuno Brites / Global Imagens]

A governante instou as empresas a adotarem políticas de apoio a vítimas de violência doméstica e a desenvolverem planos de prevenção para um problema transversal na sociedade.

“As pessoas que sofrem violência doméstica, por exemplo, ao nível do trabalho, apresentam uma taxa de absentismo mais elevada e níveis de produtividade e de concentração mais baixos”, afirmou a secretária de Estado da Igualdade, Isabel Almeida Rodrigues, ao falar numa conferência digital subordinada ao tema Violência não é Igualdade.

“A situação pode ser tão grave que pode levar à perda do emprego, por uma situação de acolhimento num sítio distante do seu local de trabalho”, sublinhou.

De acordo com a secretária de Estado, que citou relatórios e dados estatísticos internacionais, em média, em cada 10 vítimas de violência doméstica, oito são mulheres. “São sempre as mulheres as principais vítimas”, disse, acrescentando que as mulheres lésbicas, bissexuais e transgénero, estão 60% mais expostas a violência sexual e a violência económica do que os homens (homossexuais, bissexuais ou transgénero).

“É importante que as entidades empregadoras possam estabelecer políticas e procedimentos empresariais que ajudem as trabalhadoras quando se veem numa situação de violência doméstica, idealmente que possam ajudar a prevenir, mas também a reduzir as consequências negativas que podem extravasar para o local de trabalho, embora para muitas trabalhadoras o local de trabalho seja até o porto seguro e o único local que muitas vezes oferece rotas para a segurança“, sustentou Isabel Almeida Rodrigues.

Para a secretária de Estado, as empresas têm um papel fundamental e estratégico nesta questão. A conferência foi organizada pelo iGEN – Fórum de Organizações para a Igualdade.