Violência Doméstica: Mais uma vítima em Dia de Luto Nacional

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Uma mulher foi morta pelo marido na noite de quarta-feira em Vieira do Minho, distrito de Braga, com o suspeito a entregar-se às autoridades, disse à Lusa fonte da GNR. “Tratou-se de um homicídio de uma mulher num quadro de violência doméstica. O marido entregou-se às autoridades e está detido”, confirmou.

Segundo a mesma fonte, a GNR não tem nos seus registos qualquer histórico em relação ao casal em causa, tendo ambos cerca de 40 anos. “A Polícia Judiciária foi chamada ao local e está a investigar a ocorrência”, acrescentou a fonte da GNR.

A confirmar-se o crime, esta será a 12.ª mulher vítima de violência doméstica em Portugal, em três meses. Recorde-se que, esta quinta-feira, assinala-se pela primeira vez o Dia de Luto Nacional pelas Vítimas de Violência Doméstica, na véspera do dia da Mulher.

A data foi assinalada pelo primeiro-ministro, que utilizou o Twitter para sublinhar a importância desta evocação das vítimas. “A violência doméstica é uma grande tragédia que assinalamos com o luto nacional, evocando na perda das vidas e no sofrimento das vítimas que não aceitamos viver numa sociedade que silencia e que ignora. A violência tem de ter um fim e este é um desafio coletivo de toda a sociedade e de cada um de nós. Evocar as vítimas é começar a agir”, sustenta António Costa nas suas mensagens. O primeiro-ministro acrescentou ainda que “as grandes tragédias exigem-nos a partilha da dor coletiva pelo luto da nação”.

O Presidente da República mencionou também o dia de luto nacional, mas em Luanda, durante uma visita de Estado. Foi numa aula-debate na Faculdade de Direito da Universidade Agostinho Neto, que Marcelo Rebelo de Sousa se referiu ao dia como “uma chamada de atenção”, algo simbólico, mas com o objetivo de “mobilizar as pessoas”.

Marcelo Rebelo de Sousa promulgou no início deste mês o decreto do Governo que declara luto nacional de um dia pelas vítimas de violência doméstica, hoje, 7 de março, declarando-se convicto de que, “mais do que mero ato simbólico”, esta iniciativa “significa maior mobilização nacional, incluindo todos os órgãos de soberania, no combate a este flagelo”.

MR com Lusa