Violência doméstica. Montenegro “disponível para incrementar propostas” nega “falta de empatia” com vítimas

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[Fotografia: Pexels/Mart Production]

 

Em novembro, o primeiro-ministro

O primeiro mês de 2025 fecha com cinco mulheres mortas em contexto de intimidade, mais de metade do que todo o primeiro trimestre de 2024.

Em sessão plenária, que teve lugar esta quarta-feira, 5 de fevereiro, o primeiro ministro, Luís Montenegro foi confrontado com esta realidade pelo Livre, pelo Pessoas-Animais-Natureza e pelo Partido Socialista e pelas declarações que proferiu em novembro e que causaram polémica.

Na ocasião, o chefe de governo afirmava, no encerramento da conferência ‘Combate à violência contra mulheres e violência doméstica”, que, não querendo “chocar ninguém”, tinha dúvidas de que o aumento de casos que se regista nas estatísticas “signifique o aumento da criminalidade tipificada para a violência doméstica”.

Mais de dois meses volvidos, Montenegro recusa “falta de empatia”. “Sou empático e sei colocar-me ao lado dos que sofrem”, afirmou, reiterando que o que quis dizer é que “quando alguns dos casos que são hoje conhecidos correspondem a muitos outros que aconteciam e não eram conhecidos, foi por respeito a mulheres e crianças que durante anos viveram um drama e um crime de terror sem que o problema fosse atacado”.

Ainda no debate parlamentar, o primeiro ministro declarou “estar disponível para incrementar outras propostas” na matéria de violência doméstica e elencou medidas que estão em marcha, diz ter “restaurado” algumas delas, que está a ser revisto o “modelo de risco da vítima”e, entre outros, elenca medidas de “autonomização e empoderamento de vítimas e crianças” em acolhimento.