“Neste [segundo] trimestre registaram-se três vítimas (duas mulheres e um homem) de homicídio voluntário em contexto de Violência Doméstica. No primeiro trimestre de 2024 ocorreram nove homicídios (oito mulheres e um homem)”. Estes são os números negros revelados esta terça-feira, 6 de agosto, em comunicado, pela Comissão para a Cidadania e Igualdade (CIG) mesmo que apontem para um decréscimo registado no número de vítimas mortais nos últimos três meses a rondar 1/3, mas que não travam a realidade violenta na intimidade.
De acordo com os dados revelados no Portal da Violência Doméstica e revelados esta terça-feira, 6 de agosto, foram acolhidas na Rede Nacional de Apoio a Vítimas de Violência Doméstica, no segundo trimestre de 2024, 1419 pessoas, sendo 703 mulheres e 693 crianças, ou seja, cerca de 7,7 vítimas do sexo feminino recebidas por dia e 7,6 crianças apoiadas em iguais circunstâncias. Tal representa quase o dobro face aos números reportados entre janeiro e março deste ano, em que foram acolhidas 442 mulheres e 331 crianças.
Mais 12,5% de queixas apresentadas em três meses
De acordo com o comunicado da CIG enviado às redações, “foram transportadas 450 vítimas e 5122 pessoas foram abrangidas pela medida de proteção por teleassistência, no âmbito do crime de violência doméstica”. A mesma nota indica que foram registadas “7738 ocorrências participadas à PSP ou à GNR, mais 12,49% que no trimestre anterior”.
Os dados relativos a crimes cometidos em contexto de violência doméstica e homicídios voluntários em contexto de Violência Doméstica, são recolhidos pela Polícia Judiciária, Polícia de Segurança Pública, Guarda Nacional Republicana, pela Direção-Geral de Reinserção e Serviços Prisionais e Comissão para a Cidadania e a Igualdade de Género, entidade coordenadora da RNAVVD – Rede Nacional de Apoio a Vítimas de Violência Doméstica.