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Episiotomia de rotina, manobra de Kristeller e ponto do marido. Ordem dos Médicos esclarece ‘más práticas’

[Fotografia: iStock]

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A Ordem dos Médicos, através da direção do Colégio da Especialidade de Ginecologia e Obstetrícia, deixa claro que a episiotomia de rotina e a manobra de Kristeller são más práticas obstétricas.

Numa nota enviada às redações na quinta-feira, 22 de julho, a entidade explica também que a designação “ponto do marido‘ não existe na nomenclatura obstétrica. Qualquer intervenção desnecessária é má prática médica, seja um ponto, uma incisão, uma sutura ou qualquer outra intervenção”.

Esclarecimentos que surgem no seguimento da aprovação de uma Resolução da Assembleia da República que recomenda ao Governo a eliminação de práticas de violência obstétrica e a realização de um estudo sobre as mesmas.

No documento emitido por aquele Colégio da Ordem dos Médicos é especificado que “a manobra de Kristeller, tal como é descrita na atualidade, nomeadamente pela Organização Mundial de Saúde (OMS), que a condena, constitui má prática obstétrica. A manobra referida não deve ser confundida com outras manobras devidamente supervisionadas por médicos especialistas”, salvaguarda. Num segundo ponto, vinca que a “episiotomia de rotina constitui má prática obstétrica”.

Até ao momento, refere a mesma declaração, “a direção do Colégio não tem conhecimento de nenhuma queixa que lhe tenha chegado em que tenha sido dada como provada a prática da manobra de Kristeller, tal como é atualmente descrita, ou da realização de episiotomia de rotina, ou de qualquer outra intervenção desnecessária, por especialistas de Ginecologia e Obstetrícia” e lembra que “Portugal continua a ser um dos países do mundo com melhores cuidados de saúde materno-infantil, à frente de países como os Estados Unidos da América, o Reino Unido ou a França. Isso conseguiu-se à custa da generalização de boas práticas”.