Vive-se a maior crise humanitária desde a IIª Guerra Mundial

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/reutersMais de 20 milhões de pessoas enfrentam a dome em quatro países do mundo. Um cenário de catástrofe que levou o coordenador dos serviços humanitários das Nações Unidas (ONU) a lembrar que o mundo está perante a maior crise humanitária desde 1945, ou seja, desde o fim da Segunda Guerra Mundial.

“Sem esforços globais coletivos e coordenados, as pessoas simplesmente vão morrer de fome” e “muitos mais vão sofrer e morrer de doenças”, disse Stephen O’Brien, no Conselho de Segurança da ONU, citado pela Agência Lusa.

O mesmo responsável sublinhou que, atualmente, três milhões de pessoas têm fome crónica desde o início deste ano.


Mulheres e crianças são as mais desprotegidas

O apoio aos migrantes na Europa


O responsável humanitário das Nações Unidas pediu, no Conselho de Segurança da ONU, uma injeção imediata de fundos para o Iémen, Sudão do Sul, Somália e para o nordeste da Nigéria.

Stephen O’Brien chama à atenção para o caso do Iémen, o país onde dois terços da população – 18,8 milhões de pessoas – precisa de ajuda e mais de sete milhões não sabem de onde virá a próxima refeição.

Já em fevereiro, o Programa Alimentar Mundial (PAM) denunciou a catástrofe de que, até ao verão, 20 milhões de pessoas estavam em risco de morrer por fome, nos mesmos territórios acima referidos. Daquelas, 1,4 milhões eram crianças.

Peter Smerdon, diretor-adjunto do PAM, afirmou, na ocasião que “quando chegamos ao estado de fome já é demasiado tarde para muitas pessoas”, Em declarações à televisão France 24, o responsável pediu para que a “comunidade internacional” pressionasse “os governos e os grupos rebeldes para impedir que estas regiões caiam em conflitos prolongados crónicos”.

Imagem de destaque: Akintunde Akinleye/Reuters