“Woman”: A ‘mãe do feminismo’ guia-nos pela violência contra as mulheres em todo o mundo

Gloria Steinem

Em 1963 infiltrou-se no universo Playboy para contar ao mundo como era a vida das “coelhinhas” num club nova-iorquino. Esta foi apenas uma das reportagens mais sonantes que Gloria Steinem, hoje com 84 anos, assinou então para a revista Show. Foi no final dessa década que ajudou a fundar a New York, mais um marco no trajeto da jornalista, escritora e ativista, voz firme na defesa dos direitos das mulheres desde esses idos anos.

A norte-americana apresenta agora “WOMAN”, uma série VICELAND (que lhe valeu nomeação para os Emmy em 2016) que explora a discriminação e a violência contra o universo feminino, com estreia agendada para quarta-feira, 7 de novembro, às 23h30, em exclusivo no canal Odisseia.

A estreia coincide com o mês em que se celebra o Dia Internacional para a Eliminação da Violência Contra as Mulheres (25 de novembro), e o formato retrata ao longo de oito episódios, de trinta minutos cada, histórias que chegam de todo o mundo, com os seus ecos de violência. Do Congo aos casamentos infantis na Zâmbia, passando ainda pelos abusos sexuais no seio do universo militar dos Estados Unidos, ou pela mutilação genital, Steinem guia o espectador por uma dura realidade que promete transvasar a esfera feminista, uma bandeira indiscutível da publicações como a Ms, outro dos sítios por onde passou, como Steinem recordou no seu Instagram.

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“As pessoas que estão a passar por estas situações difíceis precisam de testemunhas, e de pessoas que as possam ajudar”, defendeu Gloria, conhecida como a “mãe do feminismo”, ao jornal The New York Times, sobre uma dolorosa incursão que tem como ponto de partida “Colômbia: As Mulheres das Farc”, para uma viagem às montanhas Colombianas e às histórias das mulheres-soldado e da sua reintegração na sociedade depois do fim da guerra civil.

O primeiro episódio da série viaja à Colômbia, no encalço das guerrilheiras das FARC

Os episódios seguintes contemplam paragens em pontos do globo que não exigem menos atenção. Da violação como arma de guerra, aos alarmantes desaparecimentos ou ao feminicídio, o périplo termina no Paquistão, a 28 de novembro, para um olhar sobre as mulheres e o os lugares que ocupam na primeira linha de fogo.

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