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Marianne, a musa inspiradora de Leonard Cohen

"Há uma fenda em tudo. É assim que a luz entra." Em 'Seleted Poems, 1956-1968' (1968). Fotografia de Luke MacGregor/Reuters
"Estou pronto para morrer. Espero que não seja demasiado desconfortável." Em entrevista à 'The New Yorker' (outubro de 2016). Fotografia de Valentin Flauraud/Reuters
"As minhas músicas são poemas com uma guitarra por trás." Em entrevista ao 'Evening Standard' (julho de 1968). Fotografia de Eloy Alonso/Reuters
"Sempre que chego a algum lado, faço check in num hotel e saio para a rua." Na revista 'Sounds' (1976). Fotografia de Jessica Rinaldi/Reuters
"Sou demasiado velho para ter aquele tipo de morte espetacular. Para mim, cometer o suicídio ou morrer de overdose seria inapropriado." Em entrevista ao 'The Guardian' (setembro de 2014). Fotografia de Felix Ordonez/Reuters
"Sempre que me dão atenção, fico agradecido. Nunca acredito quando dizem que me querem prestar homenagem." Na revista 'Q' (1991). Fotografia de Luke MacGregor/Reuters
"Bom, o diabo ri-se quando faz planos. Não quero dizer nunca, mas não estou à espera que o telefone toque." Fotografia de Valentin Flauraud/Reuters
"Existem certos tipos de artistas que brilham com uma luz muito forte por muito tempo. Os Rimbauds, os Shelleys, Tim Buckley – pessoas assim. E Janis [Joplin] era uma dessas pessoas." Em entrevista ao 'The Guardian' (setembro de 2014). Fotografia de Lucas Jackson/Reuters
"Chegámos a um tempo em que somos tão velhos que os nossos corpos se desfazem; penso que serei o próximo, dentro de pouco tempo." Carta para Marianne (2016). Fotografia de Denis Balibouse/Reuters
"Sempre que ouço alguém a fazer uma versão de uma canção minha, o meu sentido crítico fica em animação suspensa. Sinto-me arrebatado sempre que alguém o faz." Programa de TV 'Moming Becomes Ecletic' (1997). Fotografia de Jessica Rinaldi/Reuters

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Leonard Cohen, o cantor e compositor canadiano que começou por ser escritor e poeta, morreu na quinta-feira aos 82 anos. Como grande musa inspiradora teve a norueguesa Marianne Ihlen, a quem dedicou vários poemas e canções. A mais conhecida chama-se “So long, Marianne”, que pode ver no vídeo abaixo.

Conheceram-se em 1959 na ilha grega de Hidra, onde o cantor acabou por ficar a viver depois de ficar famoso internacionalmente com o lançamento do livro The Spice Box of Earth. Na altura, Marianne era namorada e musa do escritor norueguês Axel Jensen, mas acabou por apaixonar-se pelo canadiano.

Viveram juntos no país e mais tarde mudaram-se para o Canadá e, posteriormente, para Nova Iorque. A relação acabou por chegar ao fim após sete anos de namoro. Ainda assim, o casal continuava bastante próximo, com a norueguesa a admitir numa entrevista há mais de 10 anos que ainda sonhava com o ex-namorado.

A 28 de julho deste ano, Marianne Ihlen morreu vítima de leucemia. Antes do derradeiro adeus, quando Cohen soube que a sua musa estava hospitalizada, escreveu-lhe uma carta aberta de despedida.

“Chegámos a um tempo em que somos tão velhos que os nossos corpos se desfazem; penso que serei o próximo, dentro de pouco tempo. Quero que saibas que estou tão próximo de ti que, se estenderes a mão, talvez possas tocar na minha. Sabes que sempre amei a tua beleza e sabedoria, mas não preciso de discorrer sobre isso porque já sabes de tudo perfeitamente. Quero apenas desejar-te boa viagem. Adeus, velha amiga. Todo o amor, encontramo-nos no caminho”, escreveu Leonard Cohen.

Veja, na galeria de imagens acima, algumas das frases mais marcantes do cantor.