Marisa Cruz fala da menopausa: “Dava por mim a chorar por nada”

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Marisa Cruz [Fotografia: Bruno Raposo / Global Imagens]

A dois meses de completar 50 anos, Marisa Cruz já se debate há dois anos com os sintomas da menopausa. Numa altura em que assume novo desafio profissional na área da cosmética, a atriz, apresentadora e manequim revelou em entrevista com Júlia Pinheiro, na SIC, na segunda-feira, 22 de abril, como tem atravessado esta fase.

“[A menopausa] já começou há dois anos. E fui apanhada um bocadinho de surpresa. Não estava a contar, até porque fisicamente, e com o dia a dia da minha vida, não me sinto com 50 anos. Sempre me senti muito ativa”, revelou numa conversa em que lamentou haver tão pouca informação disponível. “Às vezes, os médicos não ouvem e não falam devidamente sobre a menopausa.

“Acho que nós aprendemos mais umas com as outras, partilhando experiências e falando”, referiu, lembrando que não só “é muito importante lidar com este capítulo” como o mesmo “não é o fim da vida”.

Na entrevista assumiu que quando começou com “os primeiros sintomas” ficou “muito assustada”. “Foram [sintomas] muito emocionais, e muito fortes. Os calores à noite, dormir mal, pesadelos, muito triste e muito assustada. Dava por mim a chorar por nada”, elencou Marisa Cruz. E acrescentou: “Comecei a sentir menos energia, o corpo a inchar imenso. Tive de pedir ajuda e de prestar atenção.” “Na altura achei que era o fim da minha vida como mulher”, desabafou.

Atualmente, a apresentadora e atriz acredita que “as mulheres têm muito mais cuidado”, mesmo continuando a ser um tema “muito mais complexo” do que o que possa parecer.

Aliás, as implicações são absolutamente transversais. Na semana passada, uma investigação levada a cabo pela companhia de seguros de saúde Médis, indicava que cerca de metade das 1,2 milhões mulheres portuguesas (12% da população) que passava atualmente pelo período da menopausa em Portugal “assumia mal-estar” nesta fase. Interferências que se faziam notar, para lá das transformações físicas e emocionais, também ao nível profissional, com 65% das inquiridas a revelar que “sentiam discriminação no local de trabalho e com 22% a afirmar que já tinha pensado em mudar ou abandonar“, afirmou, então, Maria Silveira, responsável de Orquestração Estratégica, Ecossistema de Saúde do Grupo Ageas Portugal.

Quanto a Marisa Cruz, lidar com estes sintomas levaram-na a mudar de hábitos, entre eles o de ter deixado de comer carne e de ter começado a praticar com frequência ioga e meditação.