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Nova aposta da Marvel é lésbica e latina

Percorra a galeria de imagens para ver as capas da banda desenhada 'America' e conhecer a versão feminina de Thor e do Homem de Ferro
Capa da primeira edição da banda desenhada 'America', de março de 2017
Interior da banda desenhada 'América' de março de 2017
Capa da banda desenhada 'América' de abril de 2017
Interior da banda desenhada 'América' de abril de 2017
Capa da banda desenhada 'América' de maio de 2017
Interior da banda desenhada 'América' de maio de 2017
Capa da banda desenhada 'América' de junho de 2017
Capa prevista para julho de 2017
Capa prevista para agosto de 2017
Versão feminina do Homem de Ferro
A versão feminina de Thor

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Tem 18 anos, é estudante da fictícia Universidade de Sotomayor, latina e lésbica. Falamos-lhe de America Chavez, a personagem da Marvel criada em 2011 pela dupla Joe Casey e Nick Dragotta para lutar contra extraterrestres e proteger os colegas de turma de injustiças na minissérie Vengeance. Seis anos depois está de regresso como protagonista de uma banda desenhada que aborda questões sociais como o feminismo.

A escritora Gabby Rivera, também homossexual e latina, é a responsável pela publicação que tem America Chavez como protagonista. Além da força sobre-humana e agilidade, a escritora quer fazer da heroína uma personagem com personalidade forte e consciência social. No entanto, não esconde que o facto de America Chavez ser lésbica a deixou assustada e com receio de vir a ser alvo de discriminação.

“Se estou preocupada com os imbecis? Não. Estou preocupada com a possibilidade de isso me impedir de contar a história. Estou preocupada com a possibilidade de crianças lá fora não poderem ler a história porque vivem num país liderado por imbecis. Isso é ridículo”, desabafou Gabby Rivera numa entrevista ao site Refinery 29.

A primeira edição de America foi lançada em março deste ano (pode ver as várias capas na galeria de imagens acima), mas foi a banda desenhada de abril que mais deu que falar. Nessa capa, America Chavez traz um vestido estampado com o padrão da bandeira norte-americana, uma cartola semelhante à de Tio Sam – personificação dos EUA e um dos símbolos nacionais mais famosos do mundo – e está numa posição semelhante à de Beyoncé no videoclip da música Formation.

Beyoncé no videoclip da música ‘Formation’

America é uma obra sobre representação, feminismo e lutar pelo que é certo. America Chavez é forte, fabulosa e não pede desculpas ao longo do caminho. Não consegui pensar em ninguém mais parecida com ela do que a Beyoncé. Fico contente por ver que foi tão bem recebida”, acrescentou Joe Casey, um dos criadores da personagem.

Maior diversidade na Marvel

Com personagens como America Chavez, tão diferentes do habitual, a Marvel pretende aumentar a diversidade dos fãs, que são, na sua maioria, homens brancos caucasianos. Em 2014 a editora de banda desenhada revelou que ia transformar o deus nórdico Thor numa mulher para atrair mais mulheres e meninas, admitindo que o público feminino tinha sido ignorado, até aí, pelas editoras desse género literário.

“Não é a She-Thor. Não é Lady Thor. Não é Thorita. É Thor”, sublinhou na altura Jason Aaron, autor desta nova série Thor, em comunicado.

Mais tarde, em maio do ano passado, foi a vez de aparecer Riri Williams, a estudante de 15 anos com uma inteligência fora do normal que construiu a sua própria versão da armadura do Homem de Ferro através de vários materiais que foi roubando na universidade. Brian Michael Bendis, criador da personagem, disse na altura à revista Time que se tinha inspirado num programa de televisão sobre violência nas ruas em que tinha estado a trabalhar.

“Esse tipo de violência pareceu-me ideal para inspirar uma jovem heroína a levantar-se e agir, usando a sua perspicácia científica e habilidades inatas, foi muito emocionante para mim”, revelou Brian Michael Bendis.