Autores de ‘Identidade e Família’ vão criar estatuto de ‘dona de casa’ que exclui homens

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[Fotografia: Pexels/Andrea Piacquadio]

As propostas deverão ser avançadas no próximo mês de maio e visam criar um estatuto para dona de casa, que apenas se aplicará às mulheres e não aos homens. A iniciativa parte do Movimento Ação Ética que, nesta semana, lançou a coletânea de textos sob o nome Identidade e Família, apresentado pelo ex-primeiro-ministro Pedro Passos Coelho.

Uma obra marcada pela polémica e que questiona a lei do divórcio, o aborto, o casamento homossexual, as famílias não compostas por uma mulher e um homem e o papel da mulher na sociedade e em casa, e que aborda também os influencers que “fomentam a desorientação das pessoas através da exaltação do instinto, do prazer e dos desejos” e o risco de o corpo ser de cada um arrisca a ‘venda’ no OnlyFans.

O constitucionalista Paulo Otero – um dos autores no livro e que afirmou esta semana num debate televisivo que as mulheres fazem aborto por “capricho” – revelou que o estatuto de “mulher dona de casa” só se aplica a elas porque “há coisas que só as mulheres podem fazer”, afirmou ao Expresso. E considera: “há afetos que só a mãe pode dar, por mais presente que seja ao pai”.

De acordo com o que é avançado esta sexta-feira, 12 de abril, pelo semanário, este documento quer discutir a possibilidade de um rendimento às mulheres que não têm ocupação profissional ou trabalham a meio-termo”, promovendo a proteção social aquando da velhice.