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Olena Zelenska: “Não desejamos às crianças o mundo da radiação”

[Fotografia: Facebook/Olena Zelenska]

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A primeira-dama da Ucrânia volta a dirigir-se ao mundo. Olena Zelenska escreve lembrando o terror de que todos têm consciência: a eventual radiação de uma central nuclear caso seja decisivamente atacada. Falamos, importa vincar, da maior central nuclear da Europa, Zaporizhzhya, na cidade de Enerhodar.

Depois de exortar todas as primeiras-damas do mundo a ajudarem a Ucrânia – numa mensagem em que se dirigiu também às mães russas –, Olena Zelenska publica esta sexta-feira, 4 de março, uma mensagem nas redes sociais Facebook e Instagram nas quais inclui um vídeo a comparar a tragédia e os números da devastação provocados pelo acidente da central nuclear de Chernobyl, 25 e 26 de abril de 1986, e a pedir que seja criada uma zona de exclusão aérea sobre o país, impedindo ataques.

“Não há fronteiras para a radiação”, escreve Olena Zelenska

“Putin [presidente da Federação Russa] prometeu uma ameaça nuclear – ele cria-a. Não existem armas nucleares na Ucrânia, mas temos uma poderosa energia nuclear pacífica, 15 unidades nucleares que estão agora sob ameaça de bombardeamento e explosões. Não há fronteiras para a radiação”, vinca.

E prossegue: Toda gente conhece a tragédia de Chernobyl. E a central nuclear de Zaporizhzhya é várias vezes maior e mais poderosa. Se explodir vai ser seis Chernobyls (…) A catástrofe, se acontecer, afetará todos. Na Rússia, na Europa e no mundo. Mas nós não somos Putin. Não desejamos às crianças o mundo da radiação.” Uma nota em que Olena Zelenska sublinhou o esforço dos trabalhadores ucranianos, “eles estão, sem exagero, a salvar o mundo”.

Uma mensagem nas redes sociais que chegou horas depois do “incêndio na central nuclear de Zaporizhzhya, na cidade de Enerhodar, resultado de bombardeamento inimigo com equipamento russo” na madrugada de sexta-feira, 4 de março, escreveu Olena Zelenska.

O incêndio foi extinto às primeiras horas da manhã de sexta, 4 de março, e a Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA), organização independente das Nações Unidas, garantiram que não existiram alterações na radiação emitida pela maior central nuclear da Europa, Zaporizhzhia.