Publicidade Continue a leitura a seguir

Mulher insufável, niqab, extravagância e aplausos do adeus de Gaultier da Alta Costura

[Fotografia: EPA]

Publicidade Continue a leitura a seguir

Aos 67 anos, o célebre e icónico designer deixa as passerelles de Paris. Foi ao som de Back to Black, cantado ao vivo por Boy George, que Jean Paul Gaultier arrancou com o desfile de despedida da Alta Costura, mas com a promessa de que não irá para muito longe.

Momentos que têm vindo a ser partilhados no Instagram ao abrigo do hastag #jpgfreaking50 e que pode espreitar no vídeo abaixo.

O adeus teve lugar esta quarta-feira à noite, 22 de janeiro, partir do Théatre du Chatelet, em Paris, e cerca de uma semana depois do anúncio de despedida e com a promessa de um regresso para um novo projeto, “num novo conceito”.

Foi com criações inusitadas que o designer arrancou aplausos e aclamação de uma entourage carregada de estrelas em cima e ao lado da passerelle. Um desfile recheado também de provocações.

Uma criação do designer para a primavera/verão 2020 [EPA/YOAN VALAT]
Manequim que apresenta um iqqab translúcido [EPA/YOAN VALAT]

 

Gigi Hadid numa criação de Jean Paul Gaultier [EPA/YOAN VALAT]
A cantora francesa Mylene Farmer [EPA/YOAN VALAT]
[EPA/YOAN VALAT]
[EPA/YOAN VALAT]
[EPA/YOAN VALAT]
A exibir as propostas, o enfant terrible da moda contou com nomes como Gigi e Bella Hadid, Irina Shayk, Dita Von Teese, Paris Jackson (filha de Michael Jackson), a brasileira Laís Ribeiro e Karlie Kloss.

Fora da apresentação, Pierre Cardin, Christian Louboutin, Carla Bruni, Eva Herzigova, Dries van Noten, Kenzo, Pierre Cardin foram apenas alguns dos muitos nomes da Moda que assistiram a esta apresentação, que pode conhecer mais alguns detalhes abaixo.

Irina Shayk [EPA/YOAN VALAT]
[EPA/YOAN VALAT]
[EPA/YOAN VALAT]
 

 

 

 

[EPA/YOAN VALAT]

Uma saída de cena que chega no momento em que o eterno enfant terrible completa o “cinquentenário no mundo da moda” e numa altura em que promete prosseguir com uma nova revolução. Não é a primeira vez que põe em marcha uma: em 2014 surpreendeu ao anunciar que iria deixar o mundo do pronto-a-vestir para se dedicar em exclusivo à Alta Costura. Em 2018, voltou a captar atenções ao cumprir “um sonho de infância” com a criação do espetáculo inédito The Fashion Freak Show.

Recorde-se que, no ano passado, o designer tinha criticado o que considerou ser o desperdício “ridículo” da moda, sustentando que as grandes marcas estavam a destruir o planeta ao produzirem, “de longe, demasiadas coleções com demasiadas roupas”.

Estando garantido pelo próprio que a marca prosseguirá – mas com novo conceito – as apostas viram-se para o futuro. Desde 2012, é parceiro económico da Puig, a gigante espanhola de perfumes e cosméticos.

Em 50 anos de trabalho e de marcada e reconhecida irreverência e diversidade, Jean Paul Gaultier assinou peças para Madonna, como o espartilho de copas pontiagudas que a cantora usou em Like a Virgin, e para Marilyn Manson, para Lady Gaga e Beyoncé. No cinema, destaque para o trabalho que o criador assinou com Luc Besson, com Marc Caro e Jean-Pierre Jeunet ou Peter Greenaway.

Antes de criar a sua própria empresa, em 1976, há muito que o designer estava na indústria, tendo trabalhado para companhias e nomes como Pierre Cardin ou Jacques Esterel.