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Sete conselhos práticos para proteger as crianças das gripes

Percorra a galeria e conheça algumas das formas de prevenir as gripes nos mais pequenos [Fotografia: Shutterstock]
Dormir o suficiente: Parece uma verdade de La Palisse, já que é de conhecimento comum que o sono é reparador e vital para a saúde. Mas só o é quando se dorme o número de horas consideradas necessárias pelos especialistas. No caso das crianças, são recomendadas, pela Associação Americana do Sono e pela Sociedade Americana de Pediatria, cerca de 11 horas de sono até aos oito anos. Está comprovado que as crianças que dormem as horas recomendadas têm defesas do sistema imunitário superiores às das que dormem menos. Por isso, garantir que os mais pequenos têm uma boa noite de sono é um passo para resistir melhor às constipações e gripes.
Ingerir alimentos com vitamina C: Também não é novidade, mas não é demais lembrar: a ingestão de alimentos ricos em vitamina C ajuda a fortalecer o organismo e a combater as infeções. Além das laranjas, frutas como a papaia, ananás, kiwis, vegetais como os bróculos, couves e pimentos também contém elevada vitamina C, além de ajudarem o organismo a absorver outros nutrientes importantes para o sistema imunitário como o ferro.
Roupa na quantidade certa: Sim, está frio e chove mas não adianta “afogar” os mais pequenos em roupa, até porque em vez de proteger as crianças pode estar a prejudicá-las e acelerar as constipações e gripes. Aqui, o melhor a fazer é mesmo seguir o senso comum e ao mesmo tempo lembrar que, ao contrário dos adultos, as crianças são mais ativas, logo acumulam mais calor e transpiram mais. Nas crianças até um ano, os especialistas recomendam que se coloque mais uma camada de roupa do que nos adultos, mas sem exageros. Se usarem demasiada roupa correm o risco de suar e a seguir arrefecer, ficando sujeitos a ficar doentes e com febre. Quando são maiores devem usar a mesma quantidade de roupa que os adultos. Devem evitar os materiais sintéticos e vestir roupas adequadas a cada ambiente, usando peças diferentes em casa das que levam quando saem à rua. E é claro, neste caso, o casaco ou impermeável, não podem faltar.
Higiene: A gripe e as infeções respiratórias podem transmitir-se por contacto direto ou indireto. Provar o lanche ou partilhar a refeição ou utensílios, como copos e pratos, em especial com os amiguinhos na escola é meio caminho andado para o contágio. Em casa, se houver algum familiar doente devem seguir-se as mesmas recomendações. Além destas, é especialmente importante reforçar o alerta aos mais novos sobre as regras mais básicas de higiene, como lavar bem as mãos, com água e sabonete durante, pelo menos, 15 segundos. Com as crianças que estão doentes deve haver especial cuidado para manter também o rosto limpo das secreções.
Ouvidos tapados: Constipações podem resultar em otites. Antes de mais, é fundamental proteger os ouvidos dos mais pequenos quando saem à rua. Os gorros, em especial os que têm tapa orelhas, são uma boa solução. Por outro lado, se já estão constipados a tosse persiste e o nariz continua entupido, é provável que acumulem mais cera nos ouvidos do que o normal. É preciso mantê-los limpos de secreções e para isso, os pediatras recomendam o uso de sprays de água do mar, sempre com indicação médica, e desaconselham objetos mais invasivos como as cotonetes. Se houver também muita mucosidade nasal, é aconselhável a aplicação de soro fisiológico para que os ouvidos não acabem também por ficar tapados. Nos casos em que já não é possível evitar as otites, complementar os tratamentos com panos de algodão quentes junto dos ouvidos ajuda a aliviar a dor.
Cebola. Aos desumidificadores e aparelhos de aerossol, também pode juntar uma mezinha mais caseira e colocar uma cebola aberta no quarto ou fazer o tradicional xarope de cebola. As substâncias produzidas por ela contribuem para desobstruir as vias respiratórias, ao mesmo tempo que ajudam a aliviar a tosse.
Água: Hidratar, hidratar, hidratar. É fundamental que as crianças bebam bastante água quando estão constipadas ou com gripe, para evitar a desidratação que os estados febris muitas vezes provocam. Além disso, a água ajuda a desobstruir as vias respiratórias e a expulsar as secreções e o catarro. A água deve ser bebida à temperatura ambiente, nunca fria, pois pode produzir ou agudizar dores de garganta. A quantidade recomendada é entre um e dois litros por dia, no caso das crianças mais velhas.

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Os casos de gripe estão a aumentar e as próximas semanas deverão ser “mais críticas”. O alerta foi feito pela diretora-geral da Saúde, Graça Freitas, nos primeiros dias deste ano, e teve por base dois fatores potenciadores do aumento de casos: a descida das temperaturas, já este fim de semana, e o regresso às aulas, com as crianças a serem transmissoras da doença.

O frio continua por cá, a congelar graúdos e miúdos.

Apesar de ser difícil evitar o contágio, há algumas medidas que se podem tomar para proteger as crianças e reforçar o seu sistema imunitário, como pode ver na fotogaleria, em cima.

Caso seja mesmo necessário recorrer aos hospitais, a Direção-Geral da Saúde assegura que os serviços do país estão preparados para o surto de gripe.