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Zé Pedro, o amor e as mulheres. O adeus ao ícone do Rock

Percorra a galeria e conheça alguns dos momentos da família e em palco, bem como declarações de Zé Pedro, que morreu a 30 de novembro, aos 61 anos e vítima de doença prolongada [Fotografias: Global Imagens]
Irmãs: “Tive a sorte de crescer entre raparigas. Somos cinco raparigas e dois rapazes, ainda por cima tenho duas irmãs mais velhas, depois sou eu e duas mais novas. Estava habituadíssimo às conversas de raparigas”, revelou em entrevista à Blitz, na altura em que completou 60 anos.
As primeiras festas: “Comecei a namorar tarde. Quando havia festas, até preferia estar a pôr música do que chamar esta ou aquela para dançar. Na altura, as festas de garagem eram duas horas de shake, para aquecer, e uma hora de slows. Era para dançar parado, com a mão atrás da rapariga e um cigarro na boca, decorando uma ou outra canção, normalmente o Father and Son, do Cat Stevens, para lhe cantar ao ouvidinho e ela se encostar um pouco mais. Mas elas depois metiam os travões...“, recordou na mesma conversa.
O amor: “É a coisa mais importante que uma pessoa pode levar da sua vida e quando se encontra o melhor, é não largar. Alimentá-lo, tratá-lo bem, cuidar dele, porque a coisa principal que tenho na vida é o amor pela Cristina e vice-versa”, afirmou
Também por ocasião dos 60 anos, Zé Pedro disse: “Não tenho dúvidas que é a força onde conseguimos ir buscar tudo. Sou 100 por cento crente que esse é o principal fator: uma pessoa estar emocionalmente bem alimentada. Tem a ver com o equilíbrio amoroso. Encontrei a Cristina bastante tarde na minha vida. Felizmente não tive outros casamentos antes, e assim posso dizer que é para a vida.”
Zé Pedro e Cristina Avides Moreira, a mulher: “Depois de alguns anos à espera da pessoa certa, posso dizer que valeu a pena ter esperado, porque encontrei a minha outra metade (…). Esperei 56 anos pela noiva perfeita!”, declarou o cantor em sucessivas ocasiões.
Casamento: "Casei-me tarde, mas foi para sempre, é como cantam os Xutos", afirmou
A aliança: “Tenho uma no dedo, que adoro», afirmou. Recorde-se que o casal oficializou a relação numa cerimónia civil, no Hotel Pestana Palace, em Lisboa

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As portas do antigo Museu dos Coches, em Lisboa, já se abriram para receber todos os que queiram prestar uma última homenagem a Zé Pedro, o guitarrista dos Xutos & Pontapés, que morreu na quinta-feira, 30 de novembro, vítima de doença prolongada.

Zé Pedro partiu aos 61 anos. Têm sido incontáveis os testemunhos de colegas da música e das artes, políticos e figuras maiores da sociedade portuguesa e a lembrarem Zé Pedro, elogiando-lhe, também, o sorriso franco e sempre disponível.

Na galeria acima recorde alguns dos momentos mais emblemáticos da sua vida, mas também frases únicas proferidas por ele.

O funeral decorre no sábado, 2 de dezembro, às 13h30 e também no Mosteiro dos Jerónimos. É importante ressalvar que as informações iniciais prestadas pela família do músico foram alteradas ao longo da manhã de sexta, 1 de dezembro.

Uma luta longa e um adeus feito em palco

Zé Pedro estava doente há vários meses, mas a situação foi sempre mantida de forma discreta pelo grupo, tendo só sido assumida publicamente em novembro, a propósito do concerto de fim de digressão dos Xutos & Pontapés, no Coliseu dos Recreios, em Lisboa.

José Pedro Amaro dos Santos Reis nasceu em Lisboa, em 14 de setembro de 1956, numa família de sete irmãos, “com um pai militar, não autoritário, e uma mãe militante-dos-valores-familiares“, como recordou num dos capítulos da biografia Não sou o único (2007), escrita pela irmã, Helena Reis.

No final na década de 1970, Zé Pedro, com Zé Leonel e Paulo Borges, decidiu criar uma banda, batizada Delirium Tremens. Passou depois a chamar-se Xutos & Pontapés, com a entrada de Kalú e de Tim para o lugar de Paulo Borges.

O primeiro concerto realizou-se há 38 anos, em 13 de janeiro de 1979, nos Alunos de Apolo, em Lisboa.

Imagem de destaque: Global Imagens