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8 indicadores que provam que as mulheres ainda têm muita luta pela frente

Diferença salarial: Só em 2134 é que mulheres e homens deverão ganhar o mesmo, sem clivagens salariais. O horizonte temporal foi estabelecido pelo Fórum Económico Mundial e aplica-se a todas as áreas e setores
Fortuna: Cerca de 10% das 500 pessoas mais ricas do mundo são mulheres, de acordo com os célebres rankings elaborados pela revista Forbes. Em média, as mulheres ganham menos do que os homens em todos os setores. Trabalhando a full-time, elas ganham o equivalente a 70 a 90% do valor auferido pelos homens, pelo mesmo período laboral.
Poder em casa e trabalho não pago: 1/3 das mulheres do mundo desenvolvido estão excluídas das maiores decisões domésticas. Quanto ao trabalho não pago, Melinda Gates, mulher do multimilionário Bill Gates, chamou recentemente à atenção para a existência de quatro horas diárias de trabalho não pago, levado a cabo pelas mulheres, em todo o mundo. De acordo com um estudo da 'The Economist', as mulheres produzem menos de 40% do PIB nas economias desenvolvidas. Mas se esse trabalho fosse contabilizado, a percentagem suplantaria os 50%.
Abusos sexuais: Mais de um terço das mulheres já passaram por experiências, em qualquer fase da vida, de violência física e sexual. A violência doméstica e a violência no namoro – eixos centrais de luta em Portugal – estão entre as ocorrências mais frequentes. De recordar que há 46 países que não têm qualquer tipo de legislação tendo em vista a proteção contra a violência doméstica.
Abusos sexuais em crianças: A Unicef já considerou este drama uma “realidade global”. As estimativas apontam para 120 milhões de meninas e mulheres com menos de 20 anos que já foram forçadas a ter relações sexuais. “Muitas famílias não apresentam queixas de abuso ou exploração sexual devido ao estigma, medo e falta de confiança das autoridades”, declarou já a comunicação da Unicef.
Gestão: No setor privado, apenas 4% das CEO das 500 maiores empresas mundiais são mulheres. O sexo feminino está subrepresentado ao nível dos lugares de decisão nos países desenvolvidos e as Nações Unidas dizem mesmo que “esta realidade é ainda mais evidente no setor privado”. Em Portugal, o ministro adjunto, Eduardo Cabrita, demonstrou a intenção de legislar no sentido de ver maior equilíbrio de género nas empresas cotadas em bolsa, na Administração pública e no setor empresarial do Estado.
Representação política: Hillary Clinton é a atual mulher a correr à Casa Branca, nos EUA, e em Portugal, pela primeira vez, houve duas candidatas à Presidência da República - Maria de Belém e Marisa Matias. Ainda dentro de portas, a atual legislatura fica marcada pelo facto de 1/3 dos lugares na Assembleia da República estarem nas mãos de mulheres. Pelo mundo, as estatísticas são outras e apontam para apenas 20% de assentos parlamentares ocupados pelo sexo feminino. Em 2014, havia 19 mulheres chefes de Estado, mais sete do que em 1995.
Iliteracia: Os índices não variaram muito nas últimas duas décadas: cerca de dois terços de adultos sem formação são mulheres, com especial incidência em África e Ásia. Uma realidade que caminha, em paralelo e em contraposição, com o aumento de mulheres a frequentar graus académicos superiores no ocidente.

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Serão precisos 118 anos para anular as diferenças salariais entre homens e mulheres. Segundo o Fórum Económico Mundial, só em 2134 – leu bem, 2134 – é que esta discrepância, em todos os setores e ocupações deverá ser totalmente dirimida.

Na semana em que se celebra o Dia Internacional da Mulher, já na terça, 8 de março, é tempo de olhar para algumas estatísticas e perceber claramente o longo caminho que ainda está por percorrer em matéria de igualdade.