Independentemente do género, da idade ou mesmo da experiência que se tem, a ansiedade pré-sexual não é rara. Porém, se repetida, irá seguramente comprometer a qualidade de vida de quem padece desta condição e de quem com ela vive. Certo é que apesar de ser transversal a homens e mulheres, esta tensão interior manifesta-se de forma diferente consoante o género.
Em declarações ao Medical News Today, a terapeuta sexual Claudia Six distingue os sintomas: “Nas mulheres, a ansiedade em torno do desempenho sexual pode surgir como dificuldade em mostrar interesse pelo sexo, dificuldade em ficar excitada ou dificuldade em atingir o orgasmo.”
Já os homens, a manifestação desta mesma ansiedade ganha outros contornos. “Passa pela dificuldade em ter uma ereção, mantê-la ou ter ejaculação precoce”, explica a terapeuta, justificando assim porque colocou todas estas causas no capítulo da ansiedade pré-sexual.
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Causas para esta disfunção
Claudia Six admite que este campo de análise é mais vasto e as razões que levam a este tipo de sintomatologia são tão amplas que vão desde as questões de autoestima, até às expectativas que existem de si própria e sobre os outros, passando pelo medo da intimidade e cumplicidade ou, de forma mais clínica e a requerer acompanhamento especializado, por traumas anteriores.
Amy Jo Goddard, uma educadora sexual ouvida pelo Medical News Today, sublinha que, na maioria dos casos, estes episódios decorrem da forma como se foi educado para pensar e olhar para questões de natureza sexual ou até para o próprio corpo.
A psicóloga e sexóloga portuguesa Vera Ribeiro não fala em tensão pré-sexual no seu livro Manual de Sedução, mas crê que a descoberta da sexualidade passa por pontos tão fulcrais como “a melhoria da autoestima”, o “gosto de nós” próprios, a “compreensão do outro”, a necessidade de seguir “a intuição” e de se “libertar de preconceitos”.
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