A convenção Comic Con Portugal, dedicada à cultura pop e ao entretenimento, começa na quinta-feira, 8 de dezembro, em Lisboa, com mais de 300 horas de programação num recinto melhorado e sem as restrições da pandemia da covid-19, foi hoje anunciado.
A oitava edição da Comic Con Portugal decorrerá desta quinta-feira a domingo, 11 de dezembro no Parque das Nações, num recinto que inclui a Altice Arena e espaços envolventes, com uma área de 115.000 metros quadrados, para acolher oito auditórios e vários espaços dedicados à divulgação de conteúdos de entretenimento, cinema, televisão, ‘cosplay’, videojogos ou literatura.
O diretor da Comic Con Portugal, Paulo Cardoso, disse que a atual localização é “o melhor de dois mundos”, por incluir espaços exteriores e interiores, e que este ano não haverá restrições de circulação por causa da pandemia da covid-19.
Veja aqui ao detalhe a programação. Mas anote, desde já este aviso: Além do bilhete geral de entrada, a organização explica que os visitantes poderão ter de pagar um bilhete adicional para uma sessão de autógrafos ou para tirar uma fotografia com algum dos convidados. Tudo depende da decisão de cada artista convidado.
No final da apresentação, questionado pela agência Lusa, Paulo Cardoso escusou-se a revelar quantos bilhetes foram já vendidos para a Comic Con, referindo que a expectativa é que a convenção atinja os valores de visitantes de 2019, quando se registaram 140.589 entradas.
Este ano, entre os mais de 370 convidados estão nomes como o ator Sean McGuire, da série “Once Upon a Time”, a atriz Dafne Keen e o ator Amir Wilson, que protagonizam a série “Mundos Paralelos”, ou Zackary Levi, do filme “Shazam!”, assim como os autores Paco Roca, Wes Craig, António Jorge Gonçalves, João Tordo e Paula Hawkins.
Nestes eventos, os artistas convidados participam em apresentações públicas dos seus trabalhos, geralmente também estão disponíveis para sessões de autógrafos, sessões fotográficas com espectadores e entrevistas promocionais.
Na apresentação, Paulo Cardoso lembrou que a Comic Con existe para dar visibilidade “a produtos da cultura pop” e que depende das parcerias que a organização faz com as empresas deste “negócio multimilionário”.
Nesta edição da Comic Con estão presentes, por exemplo, a plataforma HBO, a NOS Audiovisuais, os canais AMC, AXN, SYFY ou a Paramount Pictures.
Da produção nacional, sabe-se que haverá apresentações e painéis dedicados, por exemplo, à serie “Santiago”, da plataforma Opto, da SIC, ao filme “O último animal”, de Leonel Vieira, e à produção da série “Codex 362” para a RTP.
Paulo Cardoso sublinhou que a Comic Con é “uma experiência incrível”, mas reconheceu que “Portugal é um país difícil pelo ‘box office’ [receita de bilheteira] perante países com maiores audiências”.
Questionado sobre o impacto económico da Comic Con Portugal, Paulo Cardoso disse que foi desenvolvido um estudo ainda quando a convenção decorreu em Oeiras, mas os dados não foram divulgados e estão a ser atualizados.
Ainda assim, o diretor afirmou que a Comic Con “tem uma grande representatividade no retalho, nos colecionáveis, no vestuário, nas propriedades intelectuais, tem envolvência no conteúdo, nas salas de cinema e ‘streaming'”.
“São indústrias multibilionárias que têm sempre de se alimentar. Mas vivemos com as experiências das pessoas. A Comic Con é levar entretenimento às pessoas”, disse.
LUSA