Escritora Siri Hustvedt distinguida com Prémio Princesa das Astúrias das Letras

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A escritora norte-americana Siri Hustvedt foi distinguida esta terça-feira, 22 de maio, em Oviedo (Espanha), com o Prémio Princesa das Astúrias das Letras, por ter “uma das obras mais ambiciosas” no panorama literário atual.

O júri do concurso destaca que a obra de Siri Hustvedt incide nalguns dos aspetos que esboçam um presente “convulsivo e desconcertante, a partir de uma perspetiva de raiz feminista”.

Os jurados também sublinham que, a partir de obras de ficção e ensaio, a autora mostra-se uma “intelectual preocupada” com as questões fundamentais da ética contemporânea e que, estando traduzida em mais de 30 línguas, contribui com o seu trabalho para o diálogo interdisciplinar entre as humanidades e as ciências.

Siri Hustvedt, que nasceu em 1955 no estado norte-americano do Minnesota, é novelista, ensaísta e poeta de ascendência norueguesa e especialista em neurociência e psicanálise.

Estudiosa e intelectual que trabalha com questões de ética contemporâneo e epistemologia, também é conhecida pela sua militância feminista.

Hustvedt publicou em 1992 o seu primeiro romance, “De Olhos Vendados”, lançado em Portugal pela Asa em 1995, e obteve o reconhecimento internacional com seu terceiro trabalho, “Aquilo que Eu Amava”, em 2003.

Este é o quinto galardão que a fundação espanhola já anunciou este ano, depois de ter concedido à ex-esquiadora norte-americana Lindsey Vonn o prémio dos Desportos, à Academia Khan o da Cooperação Internacional, ao Museu do Prado o da Comunicação e Humanidades e ao encenador britânico Peter Brook o das Artes.

O Prémio Princesa das Astúrias das Letras foi concedido, em anos anteriores, a personalidades como Mario Vargas Llosa e Rafael Lapesa (1986), Gunter Grass (1999), Amin Maalouf (2010), Leonard Cohen (2011), Richard Ford (2016), Adam Zagajewski (2017) ou a escritora francesa Fred Vargas, entre outros.

Cada um dos premiados com o Prémio Princesa das Astúrias recebe uma escultura do pintor e escultor espanhol Joan Miró – símbolo que representa o galardão -, 50.000 euros, um diploma e uma insígnia, que são entregues numa cerimónia solene presidida pelo rei de Espanha, Felipe VI, que terá lugar em outubro no teatro Campoamor, em Oviedo.

Os Prémios Princesa das Astúrias distinguem o “trabalho científico, técnico, cultural, social e humanitário” realizado por pessoas ou instituições a nível internacional.

 

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