“Diga Sim”. Este é o nome de uma curta-metragem que pede às mulheres que deixem de ser julgadas pela sociedade e que reivindiquem o direito de amar e de terem relações sexuais e íntimas que desejem, com quem queiram, as vezes que ambicionam, independentemente da idade ou das suas convicções.
“A mulher deve ter a liberdade do seu corpo e de fazer com ele o que quiser, com quem quiser, sem que a sociedade ou a religião a reprima, ofenda ou julgue”, vê-se no pequeno filme intitulado Dites-oui, que apenas dispõe de legendas em inglês, francês, espanhol ou italiano.
Ao dar a palavra às mulheres, o realizador e ator Ted Etienne abre o plano: “Porque continuamos mulheres, com desejos e necessidades, apesar do passar do tempo. Não somos apenas mães que ficam em casa ou boas esposas, então hoje, senhoras, peço que digam sim.” Uma curta-metragem que não termina sem um recado aos homens, dizendo-lhes que “um encontro sexual não é apenas uma ereção”.
Na verdade, as necessidades sexuais femininas e masculinas não são percepcionadas pela sociedade da mesma maneira, sendo que o julgamento permanece mais feroz sobre elas do que sobre eles.
Este trabalho de Ted Etienne foi pensado para colocar essa questão sob debate e foi concebido para integrar o festival internacional de vídeo Mobile (Mobile Film Festival), no âmbito do qual é pedido que seja contada uma história em vídeo, com cerca de um minuto e feito através de um smartphone.
Um concurso que conta já com 15 anos de existência e que, em 2020, é dedicado ao tema da mulher. De acordo com a organização, foram rececionadas mais de um milhar de candidaturas oriundas de 24 países. Foram selecionadas 60 curtas metragens, das quais 57% são assinadas por mulheres e os vencedores serão revelados a 7 de dezembro.
Todos podem assistir às curta-metragens de forma gratuita e votar no site do Mobile Film Festival, YouTube e mútiplas redes sociais. Os vencedores vão receber duas bolsas no valor de 20 mil euros cada.
Veja abaixo a curta-metragem, legendada em espanhol: