
As cuecas menstruais, reutilizáveis e laváveis começam a ganhar fãs como forma sustentável de acomodar a menstruação, evitando produtos descartáveis e pensando no meio ambiente. Em Portugal, há já duas marcas que nasceram em ano de pandemia, fazem produção local, estão a crescer neste segmento de mercado e querem estender o seu raio de ação.
Enquanto se aventuram no lançamento de novos modelos de cuecas menstruais, cujos preços por unidade variam entre os 16 e os 37 euros, com uma durabilidade estimada entre os dois e os sete anos de uso regular, mensal, marcas como a Easy Care ou a Flow apontam baterias para o próximo passa: fatos de banho que possam ser usados na praia ou piscina, que não requerem uso de tampões ou pensos descartáveis ou, no limite, propõem-se a por fim a idas à praia em suspenso para muitas mulheres em dias de período.
“Estamos em fase de desenvolvimento do produto e em fase de testes”, antecipa Adriana Neto.
“Queríamos trazer o produto para este verão, mas existem muitas dificuldades técnicas porque é muito difícil encontrar matéria-prima indicada. Sendo eu da área têxtil, considero que seja difícil. Queremos manter o produto acessível, sem baixar a qualidade”, refere.
A secagem dos absorventes, a garantia de que não há manchas que passam para os tecidos são os desafios quando se trabalha com produtos biológicos, contando, claro, com a impermeabilização necessária.
Marisa Fernandes, responsável da marca de cuecas Flow e já há anos a trabalhar na área da menstruação sustentável com pensos reutilizáveis e laváveis e copos menstruais na Fluffly Organic & Eco, também que ir por aqui, mas aponta 2022 como horizonte.
A Flow comercializa curcas reutilizáveis, mas com uma bolsa incluída, que permite o uso de pensos reutilizáveis absorventes que cariam de espessura consoante o fluxo.