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As mulheres que libertaram Manbij

As soldados das Forças Democráticas da Síria (SDF) abraçam-se depois da libertação da cidade de Manbij, perto de Aleppo Governorate, a 10 de agosto de 2016. REUTERS/Rodi Said - RTSMDAL
Uma guerrilheira conforta um civil libertado pelas Forças Democráticas da Síria (SDF) das mãos do ISIS, num bairro de Manbij. As SDF têm dito que os Estado Islâmicoa usava vivis como escudos humanos. REUTERS/Rodi Said
Mulheres com recém-nascidos ao colo saem da zona anteriormente controlada pelo Estado Islâmico em Manbij. REUTERS/Rodi Said
Uma mulher de hijab abraça uma operacional das Forças Democráticas da Síria. REUTERS/Rodi Said - RTSMZ6D
Mulheres e crianças são ajudadas pelas soldados das Forças Democráticas da Síria, quando abandonam as áreas ocupadas pelo Isis. REUTERS/Rodi Said - RTSMZ67
Antes do ataque final das SDF, mulheres e crianças são ajudadas por uma mulher soldado das Forças Democráticas da Síria, quando abandonam as áreas ocupadas pelo Estado Islâmico. REUTERS/Rodi Said - RTSMZE7
Uma mulher queima o niqab que depois de Manbij ficar livre do Estado Islâmico. REUTERS/Rodi Said - RTSMZF4
A resistente fuma depois e ser salva pelas Forças Democráticas da Síria. REUTERS/Rodi Said - RTSMZN0

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Manbij, Aleppo, Síria. A operação Mártir durou três meses, terminou há dois dias. Objetivo conseguido: conquistar o território de Manbij e cortar o acesso às linhas de fornecimento externos do Estado Islâmico do Iraque. A ofensiva foi levada a cabo por uma coligação de exércitos liderada pelos Estados Unidos da América. Mas no terreno há um grupo armado que se destaca: as Forças Democráticas da Síria, e dentro delas as Unidades de Proteção das Mulheres ou Yuh-Pah-Juh, em curdo.

O YPJ é uma organização paramilitar composta exclusivamente por mulheres – voluntárias, sobretudo com idades entre os 18 e os 40 anos, que tomaram para si a proteção das zonas curdas. Em 2014, de acordo com notícia da TeleSur, existiam cerca de 10 mil mulheres envolvidas na luta armada contra o ISIS. Foi este grupo que teve um papel decisivo na libertação de milhares de Yazidis, um grupo minoritário que tem vindo a ser escravizado e dizimado pelas forças dos Estado Islâmico.

O YPJ é apontado por vários meios de comunicação como fundamental para a guerra contra os extremistas, e a sua ideologia sem religião e de igualdade entre todos os seres humanos parece ajudar a desfazer preconceitos contra as mulheres, embora essa não seja a sua principal missão. O grupo acaba por ter um papel feminista, na medida em que altera as ideias preconcebidas sobre os papéis destinados às mulheres, pela prática. As mulheres do YPJ granjeiam o respeito dos seus aliados homens por serem grandes guerreiras.

Manbij, Aleppo, Síria. A operação Mártir durou três meses, terminou há dois dias. Objetivo conseguido: conquistar o território de Manbij. A consequência é também a libertação de reféns que serviam de escudos humanos, muitos deles mulheres e crianças. No fim do cerco, as mulheres de YPJ foram recebidas como heroínas, e muitas das sírias agora libertadas não resistiram a abraçar estas mulheres, algumas optaram entretanto por ser juntarem às fileiras do combate ao Estado Islâmico do Iraque.

Veja a galeria e emocione-se com a receção das tropas femininas em Manbij.