Número de mulheres assassinadas em Portugal volta a disparar

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[Fotografia: Karolina Gabrowska/Pexels]

Só no primeiro trimestre deste ano, oito mulheres perderam a vida em contexto de intimidade. Dados da Comissão para a Igualdade de Género (CIG) em exclusivo ao Jornal de Notícias, que soma mais cinco mortes até segunda-feira, 6 de junho.

Contas trágicas que voltam a disparar uma vez que os de 2022, com o primeiro semestre ainda a decorrer foram registados 13 femicídios e que já quase igualam os de 2021, ano em que se registaram 16.

“O número de homicídios conjugais a esta data é claramente assustador”, refere ao Jornal de Notícias o presidente da Associação Portuguesa de Apoio à Vítima (APAV). Para João Lázaro, está-se diante de “uma tendência do período pré-pandémico, o que é preocupante”. Recorde-se que, em 2020 foram registadas 27 vítimas mortais em contexto de violência de género e doméstica.

Leia ao detalhe, na íntegra, aqui.

Ainda neste mês de junho irá arrancar o Inquérito sobre Segurança no Espaço Público e Privado do INE, que lida com violência de género e violência doméstica, com entrevistadores formados pela APAV, sendo parte de um projeto europeu. Até ao momento, as perguntas não foram divulgadas.

O estudo irá incidir sobre experiências de assédio sexual no trabalho, violência física, sexual, psicológica e económica, bem como violência na infância, para com isso “conhecer melhor a dimensão do fenómeno da violência doméstica e de género, assim como as suas características”, nomeadamente episódios de violência, vítimas e agressores.