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O novo monacal

Clique sobre as setas e conheça as propostas que vão trazer paz e calma ao seu ambiente
Jarra Salong, vidro opaco soprado artesanalmente, 20cm de altura, €9,99 no Ikea.
Prato de doce Carrara, nomeado para o German Design Award 2017, porcelana, Ø16,2cm, filete a ouro, €11 na Vista Alegre.
Escrivaninha Allegory, por Gamfratesi, estrutura e tampo em faia maciça e ecrã em cana tecida, 126x100x73cm, da Gebruder Thonet Vienna GmbH, aproximadamente €2.350, distribuida pela CozyFurniture
Candeeiro de teto Bell Lamp, por Marcel Wanders, vidro soprado leitoso e laço em cerâmica folheada a ouro, a partir €557 com Ø22x23cm, da Moooi
Tapete Branch, lã feltrada tufada à mão, da Gan Rugs, €1.220 na Gandia Blasco.
Almofada Flores de Chiffon, 40x40cm, €9,99 na H&M Home.
Manta em ponto de arroz, franjada, 110x150cm, €49,99, na H&M Home.
Base de velas Skurar (ótimo prato de bolo também), aço revestido a pó de poliéster, Ø37cm, €7,99 no Ikea.
Lanterna Jail, arame pintado, 54cm de altura, €44,90 na Loja Viva.
Azulejo Pattern, artesanal, 15x15cm cada peça, da Mambo, €324/m2 na Roof.
Cama Provence, madeira maciça talhada manualmente e palhinha, 201x102x133cm, €729 na Homes in Heaven.
Candeeiro de mesa Sorella, por Harvey Guzzini, desenhado em 1959 e reeditado em 2013, 30cm de altura, da Nemo, €177 na Ambient Direct.
Marcador de mesa Algodão Acolchoado, 35x50cm, €12,99 cada par na Zara Home.
Canapé Isabell, teca e rattan, 165x59x92cm, da Sika, €945 na Companhia do Campo.

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Para descansar a vista e a cabeça não há nada como uma casa em branco. É uma cor niilista, quando já se está farto da estação pateta, dos cocktails às cores em copos do tamanho de aquários, de tanta gente tão loura tão contente, de laranja, de verde e de amarelo, e de bronzeados que variam entre cerejeira donatella e mogno valentino.

O branco, por ser uma não-cor, e por isso não interventiva, é a ideal para quando se quer um espaço que induza à tranquilidade. Na história dos interiores este é um desenho já (muito!) usado antes, especialmente quando se buscava um espaço pacífico e calmo. Chegou a ser uma assinatura, quando nas décadas de 20 e 30 Syrie Maugham, uma das primeiras decoradoras-celebridade, o usava tantas vezes ao ponto de ter ficado conhecida por dizer amiúde “simplifica e pinta-o de branco”.

Este é o cenário ideal para quem procura paz, tanto fora como dentro. Celas e claustros de mosteiros são brancos, bem como sanatórios e outros sítios de saúde, na serra ou na costa. Pode-se argumentar que é por facilitar limpezas, e será com certeza: nem a paz, nem a saúde convivem bem com manchas de sujidade, nem com cotão. Mas há mais qualquer coisa para além disso: por ser não interventivo, o branco não distrai, nem de Deus, nem da marulha.

Não use branco ótico, asséptico e laboratorial. Tal implicaria uma certa ‘histeria’ visual, quase tão irritante como os tais verdes, amarelos e laranjas. Para buscar a paz, use brancos trabalhados, um pouco sujos ou tonalizados. Será impossível encontrar peças todas no mesmo tom e tal não traz problema algum, muito pelo contrário, o seu espaço não será um cenário pintado mas sim uma casa vivida, com historial.

Este tipo de discurso casa às mil maravilhas com madeiras claras e polidas. Não use madeiras acabadas a verniz brilhante, dará cabo da narrativa. De qualquer forma a maior parte dos produtores de mobiliário já acaba as peças de madeira com verniz mate e incolor, para que a matéria-prima surja como é, sem maquilhagem.