Personalidades pedem respostas para assassínio de Marielle Franco

Marielle Franco ativista morta
[Fotografia: SergioMoraes/Reuters]
Um ano volvido sobre o assassinato da vereadora brasileira Marielle Franco, que se assinala esta quinta-feira, 14 de março, as evocações, as homenagens e as frases de luta pela descoberta dos mandantes e assassinos desta ativista correm mundo.

No Brasil, há protestos a decorrer desde quarta-feira, 13 de março, e que prosseguem nesta quinta. Formas de luta e nomes que se juntam a esta causa que lembra que ‘Marielle vive’ e que as respostas estão por dar sobre este crime brutal.

As ativistas Thais Ferreira da Silva e Leticia Azevedo Soares homenagearam, a 13 de março, Marielle com uma performance protagonizada pelas próprias, diante de uma cela vazia e enquanto pintavam o chão de vermelho-sangue. Uma forma de protesto que teve lugar na baixa histórica da cidade do Rio de Janeiro, Brasil.

Marielle Franco ativista morta
[Fotografia: SergioMoraes/Reuters]
Deste lado do Atlântico, a indignação também tem voz e é audível e chega de coletivos – como o Coletivo Andorinha – Frente democrática Brasileira em Lisboa ou as Capazes – como da política. Enquanto o encontro de evocação não toma conta de Lisboa, Porto e Coimbra, esta quinta-feira, 14 de março, multiplicam-se as homenagens nas redes sociais.

A deputada socialista Isabel Moreira, mudou, esta manhã, a sua imagem de perfil no Facebook replicando a pergunta e a resposta: ”Quem matou Marielle Franco? Um ano sem resposta”.

Os eurodeputados do PCP João Ferreira e João Pimenta Lopes publicaram, dois dias antes e também nas suas redes sociais, imagens suas exibindo a fotografia da malograda ativista e política brasileira com a hastag #Mariellepresente. “Assinalar a data é lembrar o caminho de ataque às liberdades e democracia no Brasil, de destruição de direitos sociais e laborais, de perseguição e assassinato a líderes políticos e sociais”, escreveram, evocando o “golpe contra a legítima Presidenta Dilma Rousseff” e “o risco do fascismo a cada dia, após a eleição da extrema-direita para a presidência e governo do Brasil”.

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Marisa Matias, eurodeputada do Bloco de Esquerda, mostrou imagem e mensagem semelhantes, e sublinhou que já passou um ano e ainda pouco de concreto se sabe sobre as motivações deste assassínio. A coordenadora do BE, Catarina Martins, sublinha que se trata de “luto feita luta”.

Imagens que pode ver na galeria acima e que vão ser atualizadas ao longo desta quinta-feira, 14 de março, de homenagem.

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Recorde-se que Marielle foi morta a tiro e ao lado do seu motorista Anderson Gomes, após a saída de um evento de luta em prol das mulheres negras. As investigações detiveram, a 12 de março de 2019, dois ex-policias como estando envolvidos no brutal assassinato. Um dos suspeitos, segundo tem reportado a imprensa brasileira, tinha sido fotografado ao lado do atual presidente Jair Bolsonaro.

[Em atualização]

Imagem de destaque: DR

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