A embaixada dos EUA em Díli, Timor-Leste, está a promover uma campanha contra a violência de género e divulgou um vídeo na sua página de Facebook em que Duarte Bragança, diretor educativo municipal, aparece a proibir as raparigas de usarem saias curtas e roupas transparentes nas escolas com o objetivo de evitar abusos.
“Para eliminar a violência de género nas escolas as meninas estão proibidas de usar saias curtas e roupa transparente, de forma a evitar abusos sexuais. Para o homem, de forma a evitar a violência contra as raparigas, o uso de drogas, álcool e tabaco é proibido nas escolas”, afirma Duarte Bragança no vídeo que tem pouco mais de um minuto (pode ver o vídeo no final do texto).
Contudo, a mensagem teve um efeito contraditório à campanha promovida pela embaixada. Os internautas não reagiram bem às polémicas declarações e, desde quinta-feira, dia 7, têm deixado dezenas de comentários.
“Por favor removam este vídeo, não está a ajudar a combater a violência de género… na verdade reforça a ideia de que as mulheres têm alguma culpa daquilo que os homens lhes fazem”, “é uma pena que a embaixada tenha tempo para traduzir esta mensagem e publicá-la. Que vergonha!” e “é muito dececionante que, mais uma vez, a embaixada dos EUA descrimine e seja machista. Há muitas pessoas aqui em Díli que têm uma formação excelente no que toca a consciência de género. Por favor, usem-nos. Isto não é ofensivo, é perigoso” são alguns dos comentários deixados no vídeo.
Às 15h00 desta terça-feira o vídeo não tinha sido removido e contava com 90 partilhas e mais de 160 reações.
Veja o vídeo polémico:
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