O que significa ser-se mulher no mundo contemporâneo? Lady Gaga responde a esta e a outras questões num novo ensaio escrito por si, onde revela a sua visão sobre o papel feminino na atualidade, a convite da edição norte-americana ‘Harpers’ Bazaar’.
“Hoje, ser mulher é ser guerreira. Significa ser uma sobrevivente, deixarmo-nos ser vulneráveis e reconhecer quando temos vergonha, quando estamos tristes ou zangadas. É preciso uma grande força para isso acontecer. Antes de fazer o disco ‘Joanne’, tirei algum tempo para mim. Fiz música com o Tony Bennett e o tema ‘Til It Happens to You’ com a Diane Warren. Mas consegui sair daquele comboio de trabalho infindável em que estava, o qual foi abusivo para com o meu corpo e a minha mente. Fiz-me rodear de silêncio e de espaço. Queria sentir a música da forma que a sentia quando era miúda, sem me preocupar com a opinião dos outros e sem estar obcecada com coisas que não interessam”, começa por explicar a cantora norte-americana de 30 anos.
“A fama é a melhor droga que já foi criada. Mas assim que percebes quem és e quais são as tuas prioridades, a necessidade de querer sempre mais desaparece. O que importa é que tenho uma grande família, trabalho duro, tomo conta dos que me rodeiam e faço música com a esperança de que envie uma boa mensagem para o mundo. Este ano, fiz 30 anos e sinto-me uma mulher formada. Tenho uma perspetiva clara sobre o que quero. Isso, para mim, é sinónimo de sucesso. Quero ser uma mulher que luta pela verdade, não por atenção, por prémios ou mais fama”, relata Lady Gaga.
“Saúde, felicidade, amor. São estas as três coisas que compõem o coração de uma grande mulher, eu acho. É essa a mulher que eu quero ser. Nunca pensei dizer isto, mas não estará na altura de desapertar os espartilhos? Sendo eu alguém que os adora, acho que está na altura de nós, mulheres, os tirarmos”, conta a cantora, que lançou recentemente um novo álbum de originais, ‘Joanne’, que entrou diretamente para o primeiro lugar da tabela de vendas dos EUA.
