13 comportamentos a evitar nos transportes públicos

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[Fotografia: Pixabay]

Com a subida do número de passageiros nos transportes públicos, devido à descida do preço dos passes este ano, importa lembrar algumas regras básicas de utilização dos transportes públicos, onde se passa uma boa parte dos dias.

De facto, a correria pode ser tanta que alguns hábitos e atitudes que, à partida, deveriam ser exclusivamente reservados à esfera privada, saltam frequentemente para os olhos do público, à boleia dos diferentes meios de transportes.

Por mais inusitado que possa parecer, acontece, com alguma regularidade, os seus utilizadores aproveitarem o tempo passado em viagens para alguns cuidados de higiene e de beleza, para consumirem produtos alimentares inapropriados para o local, resolverem assuntos pessoais ao telefone ou ouvirem as suas músicas preferidas em altos berros, partilhando-as à força com os demais. Estas atitudes revelam, muitas vezes, falta de civismo, e da chamada etiqueta social, acabando mesmo por resultar no mais básico desrespeito pelos outros e do seu espaço. E não são as únicas.

Veja 13 pequenas atitudes que comprometem uma vivência coletiva mais harmoniosa, no quotidiano dos transportes públicos (e se se possível tente evitar algumas).

Deixa sair os outros antes de entrar: Mais do que uma regra de etiqueta, esta é uma norma básica de civismo e, se pensar bem, a forma lógica de fazer as coisas. Com a saída de uns passageiros liberta-se espaço para outros entrarem e evitam-se encontrões e entalamentos desnecessários

Comer e beber: Os transportes públicos são um manancial de “filmes” para todos os gostos, autênticos barómetros da sociedade atual, mas isso não significa que viaje neles como se estivesse numa sala de cinema ou à mesa de um restaurante. Ainda que haja alguns tipo de transportes – avião, comboios de longo curso – preparados para o consumo de refeições, os que se usam geralmente para o trajeto trabalho-casa não o estão. Por isso, evite comer e beber nas carruagens do metro e no autocarro. Vai acabar por contribuir para que fiquem mais sujos, mais depressa.

Cortar as unhas: Parece uma brincadeira ou até um mito urbano. Mas cortar as unhas nos transportes públicos é um hábito culturalmente transversal e que teima em desaparecer, por muito socialmente desadequado e, convenhamos, nojento que seja. Do som insistente do ‘tic-tic’ à sujidade que fica no chão – e que frequentemente se espalha pelos espaços, graças ao impacto do corte da unha -, este hábito, muito pouco higiénico, é para erradicar totalmente em circunstâncias públicas.

Falar alto e gritar: Em alguns países do norte da Europa, há carruagens de comboios onde é obrigatório manter o silêncio. Não será preciso chegar a estes termos, mas sensatez e ponderação são bem-vindas nestes contextos. Quando se viaja com amigos ou colegas é conveniente moderar o entusiasmo das conversas e evitar gargalhadas estridentes, falar demasiado alto ou gritar para alguém que vai sentado na outra ponta do transporte. Lembre-se que nem toda a gente pode estar na melhor forma física ou a ter um dia assim tão alegre, e o seu espaço deve ser respeitado.

Falar ao telemóvel: As mesmas razões por que deve evitar falar demasiado alto nos transportes públicos, aplicam-se às conversas ao telemóvel. Nestes casos, há tendência para elevar a voz sem se aperceber, seja para que se sobreponha ao barulho do transporte, seja porque se entusiasma com o tema da conversa. Sem querer, corre o risco de passar informações pessoais a desconhecidos, que ouvem a conversa, e, claro, incomodar os demais passageiros. Se tiver mesmo de falar ao telefone, opte pela discrição.

Maquilhar-se: Por muito que pareça inofensivo e, aparentemente não corra o risco de incomodar ninguém, não deve maquilhar-se enquanto anda nos transportes públicos. Em primeiro lugar, porque não controla a sua condução, as curvas, os solavancos, as travagens e as mudanças de direção. São fatores que perturbam a firmeza necessária a essa tarefa e que podem causar estragos sérios no rosto, ferindo-a ou, no mínimo, borrando a face. Não vai querer ficar com sorriso de joker no final, pois não?

Não está na sala: Não, não é rebelde, nem ‘fixe’ pôr os pés em cima dos bancos ou contra os varões onde as pessoas se seguram – ou encostar as costas totalmente contra estes, não permitindo que os outros apoiem as mãos. Além da sujidade que os sapatos deixam nessas estruturas, acaba por barrar a passagem dos outros passageiros, impondo demasiado a sua presença num local que é público e, como tal, não lhe pertence a si.

Não está no quarto: Longe de purismos, é bom lembrar, no entanto, que o metro ou o autocarro não são a nossa casa, por isso manifestações mais íntimas devem ser resguardadas para espaços mais privados. Mesmo que as leis do país ou local em causa permitam o namoro, não é de bom-tom exibir comportamentos que possam chocar os outros.

Ouvir música alto: E se cada um dos passageiros levasse um rádio com colunas ou decidisse colocar a sua música a sair do sistema de som do telemóvel? Consegue imaginar a cacofonia a fazer disparar os limites da surdez? Pois bem, é a velha máxima do “não faças aos outros o que não gostavas que te fizessem a ti”. Além disso, é sempre possível ouvir a música de que se gosta, nos transportes, sem a impor aos outros basta colocar uns fones.

Palitar os dentes: Certamente será uma espécie em vias de extinção, nos países ditos civilizados, mas nunca é demais lembrar: este comportamento é proibido em público. Ponto.

Pentear: Outro dos comportamentos a evitar nos transportes é pentear o cabelo. Mesmo com mil cuidados a queda de fios de cabelo acontece em igual proporção, sujando bancos, chão e, eventualmente, outros passageiros.

Pés descalços: Mesmo que tenha uns pés bonitos e cheirosos – o que, convenhamos, é difícil de manter com os diferentes tipos de calçado e as diferentes estações do ano – ninguém os quer ver. Certamente, não a grande maioria e muito menos em público.

Pintar as unhas: A lógica para evitar este comportamento nos transportes é semelhante à da maquilhagem, com a agravante de incomodar mais por causa do cheiro intenso que exala dos vernizes