Publicidade Continue a leitura a seguir

15 curiosidades sobre os sonhos, o nosso “laboratório de testagem”

Conheça 15 curiosidades sobre os sonhos que muito provavelmente desconhecia. O Delas.pt falou com o psicólogo José Carlos Garrucho e desvenda-lhe alguns factos engraçados.
1 – Sonhar: Sonhar é dar asas à nossa imaginação. É saber que não temos o polícia para nos prender e o juíz para nos julgar, por isso, sonhamos como forma de nos libertarmos de algo que desejamos, que nos assusta ou que nos mete medo.
2 – É preciso ter a chave para decifrar o sonho. Embora existam sonhos mais 'clássicos' ou transversais à humanidade, cada sonho depende de cada pessoa e das suas vivências ou cultura. Os nossos sonhos em crianças não são os mesmos em adultos ou quando somos pais ou avós.
3 – O sonho é o texto, e é preciso ter o contexto. O sonho é um texto que só pode ser lido quando se conhece o contexto em que a pessoa que o sonha está inserida. Uma casa pode simbolizar tanto um castelo como uma prisão, dependendo da simbologia que cada dá a um certo objeto.
4 – Sabia que há cerca de um século as mulheres sonhavam muito com janelas e, inclusive, assistiram-se a muitos suicídios através de janelas? Este tipo de morte chama-se fenestração e simbolizava muito a forma das mulheres se libertarem das suas angústias, especialmente quanto ao amor e o facto de serem obrigadas a casar não por amor mas por conveniência.
5 – Há um sonho muito usual que embora possa ter várias interpretações consoante o contexto de cada pessoa, simboliza especialmente um período de transição: a queda. Já sonhou alguma vez em estar constantemente a cair mas nunca morrer, porque acorda ainda durante a queda? Isto é porque, segundo José Carlos Garrucho, não nos é possível sonhar com a nossa própria morte.
6 – Sonhar com répteis, especialmente cobras, é associado a transformações da líbido. Algum desejo sexual não resolvido ou fantasias não realizadas.
7 – Para José Carlos Garrucho, os sonhos são como que um 'laboratório de «testagem»' onde lidamos com os nossos desafios. É lidar com algum desafio sem que tenhamos o risco físico de o fazer. Testamos emocionalmente algo para ver como funciona.
8 – O sonho é um precipitar daquilo que está suspenso. Seja um novo desafio ou um conflito. Precipitamos o que nos pode acontecer e resolvemos a situação através do sonho.
9 – A neuro ciência acredita que através dos sonhos tomamos as nossas grandes decisões. A nossa inconsciência toma as decisões importantes e, depois do sonho, informa a nossa razão da decisão.
10 – Para o psicólogo, a razão é apenas a ponta do iceberg. É na inconsciência que se encontra tudo o resto.
11 – Uma das razões pelas quais sonhamos com alguém que já morreu é porque desejamos pedir a sua opinião sobre algo, porque essa pessoa continua viva em nós.
12 – Toda a gente sonha, mas muitas das vezes não se lembra. E uma das razões pelas quais não se lembra é, precisamente, porque a nossa consciência acha que não temos maturidade suficiente para lidarmos com aquele sonho. A nossa consciência faz uma espécie de 'censura' a esse conteúdo.
13 – Existem dois tipos de sono: o profundo e o não profundo. Em termos científicos, o sono REN (onde existe movimento ocular) e o sonho não REN (onde não existe esse movimento). É no sono REN que podemos sonhar, porque o sono é profundo. Por norma, desde que adormecemos, demora alguns minutos ou mesmo horas até chegarmos a esse estado de sono profundo.
14 – Sabe quando é acordado a meio de um sonho espetacular e só deseja voltar a adormecer para o poder retomar? Pois bem, saiba que isso é impossível. Não podemos voltar para esse mesmo sonho.
15 – É importante olhar para o sonho como que uma espécie de higiene da nossa vida. É como se o sonho “arrumasse o sótão” das nossas vivências. Sabe aquela frase que diz 'nada que uma boa noite de sono não ajude?'. É verdade: muitas vezes adormecemos angustiados e acordamos melhor porque o nosso subconsciente 'tratou' do problema.

Publicidade Continue a leitura a seguir

Já lhe tínhamos contado que sonhar é estar livre da sua consciência, ou seja, é não ter nem o polícia para a prender nem o juiz para a julgar. O resultado? Uma libertação inequívoca do seu subconsciente, leia-se, dos seus desejos, medos, conflitos, angústias. Mas talvez exista mais nos sonhos do que poderíamos imaginar.

Para o psicólogo José Carlos Garrucho, o sonho é o momento em que nos podemos realmente libertar. Mas cada sonho tem que ser lido de uma forma individual: uma casa tanto pode simbolizar uma prisão como um castelo, dependendo da simbologia que cada um de nós atribui a esse (e outros) objetos. É preciso ter uma “chave” capaz de ler cada pessoa.

A leitura dos nossos sonhos depende das nossas vivências, do ciclo de vida em que nos encontramos, da nossa cultura. É preciso ver o sonho como sendo “um texto que precisa de contexto”, afirma o psicólogo. Não podemos querer olhar para um texto e entendê-lo por completo sem sabermos qual é o contexto da sua narrativa, da sua história. Embora existam alguns sonhos ditos ‘clássicos’, ou melhor, transversais à humanidade, a verdade é que cada um deles tem que ser lido e interpretado de acordo com cada pessoa.

Para o psicólogo o sonho é como que um ‘laboratório de testagem’ onde podemos experimentar as possibilidades dos desafios, porque não existe efetivamente um risco físico para tal. Testamos emocionalmente alguma coisa para ver como pode correr, uma vez que a realidade nos condiciona. Sonhar é antecipar algo que está em suspenso, é ver como é que algo pode correr e como é que vamos reagir perante essa situação.

Com base nesta conversa com o especialista, conseguimos elaborar pelo menos 15 curiosidades sobre o sonho que, provavelmente, desconhecia. Percorra a galeria de imagens acima e fique a conhecer a razão pela qual muitas das vezes não se recorda do sonho que teve, entre outras análises.

“Sonhar é não ter o polícia para prender e o juiz para julgar”