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Karl Lagerfeld copia-se a ele próprio

Chanel primavera 2016, Chanel Alta Costura primavera 2018.
Chanel Alta Costura outono 2017, Chanel Alta Costura primavera 2018.
Chanel Alta Costura outono 2016, Chanel Alta Costura primavera 2018.
Chanel Alta Costura primavera 2017, Chanel Alta Costura primavera 2018.
Chanel Outono-Inverno 2017/18, Chanel Alta Costura primavera 2018.
Chanel Alta Costura primavera 2018. Reuters
Chanel Alta Costura primavera 2018. Reuters
Chanel Alta Costura primavera 2018. Reuters
Chanel Alta Costura primavera 2018. Reuters
Chanel Alta Costura primavera 2018. Reuters
Chanel Alta Costura primavera 2018. Reuters
Chanel Alta Costura primavera 2018. Reuters
Chanel Alta Costura primavera 2018. Reuters
Chanel Alta Costura primavera 2018. Reuters
Chanel Alta Costura primavera 2018.(Photo by Pascal Le Segretain/Getty Images)
Chanel Alta Costura primavera 2018 (Photo by Peter White/Getty Images)
Chanel Alta Costura primavera 2018 (Photo by Peter White/Getty Images)
Chanel Alta Costura primavera 2018(Photo by Peter White/Getty Images)
Chanel Alta Costura primavera 2018 (Photo by Peter White/Getty Images)
Chanel Alta Costura primavera 2018. Getty Images
Chanel Alta Costura primavera 2018. Getty Images.
Chanel Alta Costura primavera 2018. Getty Images

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O desfile de Alta Costura da Chanel é um dos mais esperados da semana de moda que decorre até 25 de janeiro, quer pela roupa repleta de detalhes quer pelos cenários megalómanos. Esta terça-feira 23 de janeiro, o Grand Palais, em Paris voltou a receber o desfile com a assinatura de Karl Lagerfeld. Apesar de a roupa ser inegavelmente bonita e de confeção irrepreensível, a verdade é que o desfile não surpreendeu.

Os ombros estruturados de forma arredondada, já tinham surgido na coleção de Alta Costura e pronto a vestir do outono-inverno 17, as plumas voltaram a marcar presença mas já tinham brilhado na coleção de Alta Costura da estação quente de 2017, os decotes desportivos e surgiram semelhantes aos da coleção de Alta Costura de outono 2017, as meias golas alta de tecido regressaram à passerelle tal como nas coleções de outono-inverno 2017/18, na coleção de Alta Costura de primavera 2016, na coleção de Alta Costura de outono 2014 e na coleção de primavera 2009 (na galeria a cima pode comparar as coleções).

É certo que uma casa de moda com a carga histórica da Chanel tem que se manter fiel ao seu ADN e é inevitável que alguns detalhes sejam uma constante, mas o que aconteceu no último desfile não foi uma reinvenção dos clássicos, mas sim uma repetição excessiva de elementos que já tinham pisado a passerelle de forma muito semelhante.

Terá Karl Lagerfeld perdido o toque de Midas?

O designer alemão está à frente da casa de moda francesa desde 1983, sendo conhecido pela extrema criatividade e por estar constantemente a esboçar vestidos. Karl Lagerfeld reinventou o estilo de Madame Chanel durante décadas e a maior parte da vez fê-lo de forma absolutamente genial: os corsários do inverno de 2005, as gangas da primavera-verão 2008, os coordenados bucólicos da pimavera-verão de 2010, os metalizados da Alta Costura outono 2010, os ténis do inverno de 2014, as flores da primavera de Alta Costura 2015, os casacos e os colares de pérolas do inverno de 2016, a leveza e alegria da coleção resort 2017, os tweeds desfiados da primavera verão 2018 e as camisolas de malhas de marinheiro da coleção pre-fall 2028.

Karl Lagerfeld já deu tanto à moda, que é difícil esconder a desilusão ao ver este desfile: faltou inovaçã0, faltou um ângulo diferente sobre o clássico. Com o coordenado verde esmeralda, que desfilou em 36º lugar, acendeu-se a luz da esperança da inovação, quando o conjunto azulão surgiu apareceu como um boa surpresa, mas rapidamente se desvaneceu quando o desfile regressou à paleta pálida e aos modelos que nos eram familiares. O que foi verdadeiramente surpreendente em muitos dos modelos propostos foram as botas de lantejoulas, justas e delicadas, fazem os lembrar os sapatos de cristal da Cinderela mas completamente reinventados.

Vestido verde que desfilou em 36º lugar e botas com aplicações.

Esta é terceira coleção depois dos rumores de julho de 2017, que falavam da possível saída de Karl Lagerfeld. A grande questão que esta coleção deixa no ar é se a Chanel está a entrar numa fase de estagnação e precisa de um novo designer a olhar para os arquivos. A história da marca e o excelente trabalho de Karl Lagerfeld faz-nos crer que este foi apenas um momento menos feliz e que em março, na coleção de pronto a vestir outono-inverno 2018/19, seremos novamente surpreendidos, mas a verdade é que este desfile pode ser o primeiro sinal de que a marca está numa fase de mudança.

O desfile da Chanel foi um regresso às origens de Lagerfeld

 

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