Publicidade Continue a leitura a seguir

6 boas práticas para pôr as mulheres no topo das empresas

Alinhar a composição da administração com a estratégia de negócio: Pensar fora da caixa em caminhos que reflitam a visão estratégica e as ambições do conselho de administração. Crescimento global, expansão em novos mercados, repensar modelos de negócio atuais e conciliá-los com a tecnologia, estes são alguns elementos que devem ser distribuídos pelos administradores. Depois é preciso olhar para as ferramentas e para as mentalidades que vão ser requeridas no futuro, no topo da empresa. [Fotografia: Shutterstock]
Assegurar um planeamento da sucessão na empresa: Sabendo que uma mudança da composição de um Conselho de Administração (CA) constitui sempre um momento crítico da empresa, é preciso evitar esse confronto. Tenha uma lista prospetiva de candidatos – tendo em conta a diversidade de género, de nacionalidade, de talentos, de idade e de experiência - que seja submetida atempadamente ao CA. Qualquer nova contratação não deve vir duplicar quem está de saída, mas antes trazer os candidatos melhor posicionados para os setores emergentes do negócio. [Fotografia: Shutterstock]
Casting amplo e profundo de talento: É importante estar preparado para contratar pessoas que olhem e pensem de forma diferente, no pressuposto de que é importante quebrar velhas maneiras de gerir e planificar um negócio. A diversidade deve ser intencional e deve ir muito além do género. O objetivo é preparar o CA para disrupções futuras. [Fotografia: Shutterstock]
Ter líderes que são exemplo para a inclusão: Até mais do que o exemplo, recomenda-se o encorajamento dos administradores no sentido de ganharem um papel relevante para a inserção da diferença. E cabe ao president6e do CA ou ao 'chairman' constituir uma equipa que aceite a diferença e dê as boas vindas a perspetivas diversas. [Fotografia: Shutterstock]
Ir para além do simbolismo: É importante não colocar uma mulher apenas para cumprir as quotas ou as percentagens requeridas. Conhecida no inglês como “tokenism”, a prática vem alertar para o risco de se estar perante uma medida meramente simbólica que, sendo apenas isso, caminha seguramente para a desagregação e para a sobre-exposição do elemento diferente. Por isso, é importante ir além desta realidade e perceber a importância do impacto e da diversidade que a escolha de um elemento diferente pode mesmo trazer à companhia. [Fotografia: Shutterstock]
Criar inflexão para a mudança positiva: Procurar três elementos representativos da diversidade e promover a formação de equipa para esforços concertados. Os estudos indicam que três é a conta certa para promover a mudança, no sentido positivo. [Fotografia: Shutterstock]

Publicidade Continue a leitura a seguir

Chegar ao topo: como fazer, em que condições e como conciliar? Estes são alguns dos principais dilemas que as mulheres demonstram ter no acesso aos cargos de chefia das principais empresas. Uma realidade que, mais do que nacional, tem alcance mundial, com vários territórios a trazer o tema a discussão.

Mas há também ferramentas e boas práticas que podem deixar de ser obstáculo de género no acesso ao topo, quando se fala de profissionais com formações académicas e currículos semelhantes.

Percorra a galeria acima e fique a conhecer algumas dessas recomendações patentes no estudo Global Board Diversity Analysis, da autoria da Egon Zehnder, e que serve de base ao encontro e debate que se realiza esta tarde intitulado Leaders & Daughters (Líderes empresariais e as suas filhas, com idades entre os 17 e os 30 anos).

Num país que, em 2016, viu a primeira mulher a chegar a um cargo de uma energética cotada em bolsa – Paula Amorim, CEO da Galp Energia -, há ainda muito por fazer.


Veja o que está a ser discutido na Assembleia da República

Recorde a realidade na Suécia, no Reino Unido e na China


De acordo com Global Board Diversity Analysis, da autoria da consultora Egon Zehnder, 36 dos 44 países estudados – em matéria de companhias cotadas em Bolsa – demonstraram progressos na diversidade de género, evidenciando um aumento para 84% de empresas com pelo menos uma mulher no Conselho de Administração, mais 8% do que em 2012. Foi a Europa de Leste, lê-se no mesmo estudo, que fez o maior contributo para este incremento.

Porém, apesar do buzz que a matéria tem gerado, o caminho rumo à igualdade ameaça ser feito de forma muito lenta. Em 2016, e tendo em conta o universo deste estudo, foram identificas 2,1 mulheres em cargos de topo.

Mantendo o aumento médio de 1,6 % por ano, só haverá três administradoras, em média, por Conselho, em 2021. Números que, salvaguarde-se desde já, se verificam em países do mundo desenvolvido que estão atentos a estas matérias.

O evento Leaders & Daughters, que tem lugar no Hotel do Chiado, em Lisboa, quer olhar para esta realidade, mas não só. Neste encontro, pretende-se, de acordo com a assessoria de comunicação, “chamar a atenção mundial para a importância de apoiar as ambições de jovens mulheres no desenvolvimento do seu potencial de carreira profissional”. A um nível mais palpável, pretende “compreender o âmbito de trabalho no qual as mulheres estão atualmente a construir as suas carreiras”, olhando para “os obstáculos e as oportunidades que enfrentam no seu percurso profissional” e “encorajando-as a atingir as suas maiores ambições”.

Imagem de destaque: Shutterstock