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7 razões que podem explicar as dores durante as relações sexuais

Percorra a galeria e veja quais as possíveis causas que podem estar a provocar dores durante as relações sexuais. Um guia que não deve dispensar a consulta de um médico especialista para tirar todas as dúvidas e procurar encontrar, de novo, o bem-estar [Fotografias: Shutterstock]
Vulvite: Trata-se de um problema de pele que causa fissuras na pele da vulva, podendo ser muito doloroso. Geralmente, é provocada por reações alérgicas a produtos perfumados como toalhitas, sabonetes, lubrificantes, preservativos, gel duche e, até, a detergentes para lavar a roupa.
Endometriose: De difícil diagnóstico, é uma das causas que não deve ser posta de parte já que, com o ciclo menstrual e o aproximar da menstruação, pode fazer com que as dores aumentem de intensidade, impedindo mesmo quaisquer relações sexuais. Estima-se que a doença atinja cerca de 240 mil mulheres portuguesas. É também a patologia que levou a atriz norte-americana Lena Dunham a remover, em novembro, o útero.
Vulvodínia: Descrita muitas vezes como um ardor, uma irritação ou como uma picada, a doença pode estar presente devido a fatores tão comuns do quotidiano como passar demasiado tempo sentada. Trata-se de uma dor crónica – facilmente confundível com dermatoses - e que pode prolongar-se por mais de três meses, não estando ligada a nenhuma infeção geral ou a uma condição médica.
Vaginite: De base bacteriológica, trata-se de uma inflamação dolorosa da mucosa da vagina que pode ter várias origens. Entre elas contam-se, por exemplo, a entrada na menopausa ou mais simplesmente uma inflamação posterior a uma reação alérgica da pele. Caracteriza-se pala produção de secreção vaginal anormal.
Vaginismo: Espasmos dolorosos e movimentos involuntários estão entre as causas que provocam dores nos músculos da vagina, podendo levar à oclusão total do canal. Na origem desta patologia podem estar causas de ordem física ou mental. As lesões, as reações alérgicas, os receios sobre o sexo e mesmo as mudanças hormonais podem agudizar estas dores, que podem ser impeditivas do cumprimento de atos simples do dia-a-dia como usar tampões ou submeter-se a exames ginecológicos pélvicos.
Quistos nos ovários: A presença destas massas – mais ou menos líquidas e de formação diversa - dentro do aparelho reprodutor podem provocar dores fortes durante o sexo. A formação e existência deste tipo de nódulos pode ser já indicativo da presença de uma doença prévia como, por exemplo e já referido, a endometriose. Os quistos podem também desenvolver-se durante a gravidez. Devem sempre ser analisados, despistando, desta forma, outro tipo de doenças.
Doença inflamatória pélvica: Esta patologia caracteriza-se pela inflamação bacteriana do aparelho reprodutor - trompas de Falópio, ovários e útero -, tornado a penetração sexual extremamente dolorosa. Frequente em mulheres jovens e que tenham tido múltiplos parceiros, deve ser tratada com toda a rapidez já que pode ser sinal de uma inflamação maior e pré-existente. Entre os sintomas contam-se o ardor, menstruação irregular, dor pélvica ou abdominal durante o sexo e febre baixa, mal-estar, desconforto, fadiga e até vómitos.

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Evitar fazer sexo pode não ser uma questão de falta de amor. Na verdade, na grande parte dos casos nem é disso que se trata. É, antes, sinal de uma vida demasiado stressada ou agitada ou, na pior das hipóteses, de uma doença. E é destas que devemos falar porque precisam de ser tratadas, até por uma questão de bem-estar geral.

Na galeria acima e segundo o site Healthline, fique a conhecer as sete patologias que incidem sobre o aparelho reprodutor feminino e podem ser amplamente dissuasoras do contacto íntimo como o parceiro.

Quase 730 mil portuguesas têm disfunções sexuais que precisam de tratamento

Segundo o estudo EPISEX-PT/Feminino – Prevalência das disfunções sexuais femininas em Portugal, empreendido pela Sociedade Portuguesa de Andrologia (que pode ser consultado aqui), estima-se que esta questão “atinja aproximadamente 2,2 milhões de mulheres portuguesas”, refere a investigação. Ou seja, mais de metade da população feminina (56%) com mais de 18 anos tem um problema – independentemente da intensidade e do grau – desta natureza.

Nesta investigação, que contou com inquéritos a 1250 portuguesas, com idades compreendidas entre os 18 e os 75 anos, foram ainda tipificados os vários tipos de disfunção: “Cerca de 1.523.000 mulheres (35%) têm algum grau de diminuição do desejo sexual e cerca de 1.254.000 (32%) referem algum grau de diminuição da excitação/ lubrificação.”

O mesmo estudo aponta para uma percentagem de 32% das mulheres (1.254.000) a reportar “algum grau de dificuldade de orgasmo” e 34%, ou seja, 1.332.000 portuguesas (34%) a relatar “algum grau de dor ou desconforto durante a relação sexual”.

Os investigadores distinguiram, porém, a prevalência global da disfunção sexual moderada e grave, sendo esta muito menor e devendo ser olhada com precaução. “729.000 mulheres (19%) é o número de portuguesas que se deve considerar como possuidora de disfunção sexual, com necessidade de intervenção terapêutica”, lê-se no documento.

Imagem de destaque: Shutterstock

“A maior parte das pessoas tem uma disfunção de vida”