A forma como se move o rato ou se digita no teclado do computador durante o trabalho indica o nível de stresse, de acordo com um estudo dos Institutos Federais de Tecnologia da Suíça (ETH) em Zurique.
A investigação, publicada esta terça-feira, 11 de abril, no Journal of Biomedical Informatics, observou 90 pessoas num ambiente de trabalho recriado em laboratório e desenvolveu um modelo através de algoritmos.
Pessoas stressadas movem o ponteiro do rato com mais frequência e menos precisão e percorrem distâncias maiores no ecrã, explicou Mara Nägelin, matemática da ETH.
Por outro lado, quem está relaxado utiliza o rato do computador em caminhos mais curtos e diretos para chegar ao seu destino no ecrã, demorando mais tempo para fazê-lo.
Quanto ao uso do teclado, as pessoas stressadas no ambiente de trabalho cometem mais erros enquanto escrevem, fazendo-o aos ‘tropeções’ e com pausas muito breves, ao contrário das que estão relaxadas, que escrevem com menos pausas, porém mais longas.
A associação entre o stresse e a escrita no teclado e o comportamento do rato pode ser explicada pelo que é conhecida como a teoria do ruído neuromotor.
“O aumento dos níveis de stresse afeta negativamente a capacidade do nosso cérebro de processar informações. Isso também afeta as nossas habilidades motoras”, explicou a coautora do estudo, Jasmine Kerr.