Alterações climáticas estão a agravar dores de cabeça e doenças neurológicas

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[Fotografia: Pexels/Andrea Piacquadio]

O aquecimento global está a promover um aumento de doenças neurológicas, desde enxaquecas até Alzheimer, com pacientes com derrames, Parkinson e esclerose múltipla (EM) a apresentarem sintomas mais evidentes por igual razão.

“Ao testemunharmos os efeitos de um planeta em aquecimento na saúde humana, é imperativo que os neurologistas antecipem como as doenças neurológicas podem mudar”, refere o médico e elemento da investigação Andrew Dhawan, em comunicado. O estudo analisou 364 artigos anteriores sobre poluição, temperaturas extremas e mudanças climáticas e cruzou-os com as tabelas de doenças neurológicas nos Estados Unidos da América e apenas em adultos.

A equipa conclui que o aquecimento global causa poluição do ar, sendo que estudos anteriores associaram ao agravamento da saúde do cérebro. A poluição do tráfego e da indústria contêm minúsculas partículas tóxicas que entram na corrente sanguínea por via da respiração e podem chegar ao cérebro.

Considera a equipa que os eventos climáticos extremos e as alterações de temperatura mostraram uma relação com a incidência e gravidade de derrames, enxaquecas, hospitalização em pacientes com demência e esclerose múltipla. “A nossa revisão da investigação não encontrou nenhum artigo relacionado com os efeitos na saúde neurológica que decorre da insegurança alimentar e hídrica, mas estão claramente ligados entre si e às mudanças climáticas”, afirma o especialista, que pede mais estudos “sobre formas de reduzir a transmissão de doenças neuroinfeciosas, como a poluição do ar afeta o sistema nervoso e como melhorar a prestação de cuidados neurológicos tendo em conta as perturbações climáticas”.